pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: Evangelho Romântico

Evangelho Romântico


A disfunção teológica sempre foi uma realidade em determinados púlpitos. Como consequência, a forma de muitos irmãos em Cristo olharem para os incrédulos perdidos, foi negativamente afetada. Herdamos certas compreensões que parecem verdadeiras.
Por exemplo, costumamos pensar que os incrédulos estão sedentos por Cristo e, portanto, devemos evangelizá-los para que eles sejam dessedentados (saciados). Afinal, eles não sabem onde poderão encontrar Cristo.
Em primeiro lugar, devemos, sim, proclamar a Cristo, pois Ele é o único caminho até Deus (Jo 14.6), e a missão de evangelizar nos foi dada (Mt 28.19-20).
Em segundo lugar, os homens sabem — e não é de hoje — que não há salvação fora de Cristo (At 4.12). Eles estão perdidos por rejeitarem insistentemente a Cristo (At 5.30; Pv 4.4), e não porque perderam de vista o Caminho.
Em terceiro e último lugar, os incrédulos não estão sedentos por Cristo. Ao contrário, estão indiferentes à realidade de Deus (Sl 53.1); são Seus inimigos (Rm 1.30); são desobedientes e incentivadores do mal (Rm 1.32).
Nenhuma pessoa pode ansiar pelo Senhor à parte da ação do próprio Senhor. Ele efetua em nós tanto o querer como o realizar (Fp 2.13). Sede de Deus é uma dádiva presente nos filhos de Deus. Perceba o linguajar dos salmistas (Sl 42.2; 63.1; 119.20; 143.6).
O evangelho romântico desenha caricaturas e esconde, sutilmente, a face irada de Deus. O Senhor revela o Seu amor, mas também revela a Sua ira.

"Beijem o Filho, para que ele não se ire e vocês não sejam destruídos de repente, pois num instante acende-se a sua ira. Como são felizes todos os que nele se refugiam!" (Salmos 2.12)


Fabrício A. de Marque



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