pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: ESTUDO 06: Satisfação em Deus nas Finanças

ESTUDO 06: Satisfação em Deus nas Finanças


INTRODUÇÃO
Este estudo terá como base o capítulo 08 do livro, cujo tema é: “O que isso significa nas finanças?”.
O que uma pessoa faz com o dinheiro, pode destruir a sua felicidade para sempre. A atitude errada para com o dinheiro, pode gerar destruição. Querer ficar rico é o desejo de muitos, porém, essa busca visa uma felicidade pequena demais. Fomos criados para um prazer muito maior do que o dinheiro. Fomos criados para o prazer em Deus.

I. PENSANDO O TEXTO

Vamos refletir sobre a seguinte passagem bíblica:

“Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, esse é orgulhoso e não entende nada, mas tem um desejo doentio por discussões e brigas a respeito de palavras. É daí que nascem a inveja, a provocação, as difamações, as suspeitas malignas e as polêmicas sem fim da parte de pessoas cuja mente é pervertida e que estão privadas da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro. De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada trouxemos para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Mas os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos insensatos e nocivos, que levam as pessoas a se afundar na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e atormentaram a si mesmos com muitas dores.” (1 Timóteo 6.3-10) [1]

1.1. O verdadeiro lucro: contentamento
Observe a característica dos enganadores: eles usam a piedade para obter lucro financeiro (v. 5). Os enganadores usam o evangelho como forma de enriquecimento. Mas, de acordo com Paulo, qual é o verdadeiro lucro? O versículo 6 responde, afirmando que o verdadeiro lucro é a piedade com contentamento. A verdadeira piedade nos guarda do desejo de enriquecimento. A verdadeira piedade produz contentamento pelas coisas que já possuímos.

1.2. Razões para não buscar as riquezas
A sociedade é ávida por dinheiro. Pessoas fazem concurso público e ingressam em determinadas áreas profissionais por causa do dinheiro. Biblicamente falando, por que que não devemos planejar a nossa vida em torno do ideal de sermos ricos? Paulo nos apresenta três razões:

a. Não somos proprietários de nada.

“Porque nada trouxemos para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele.” (v. 7)

“Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei.” (Jó 1.21)

Com base nessa verdade bíblica, John Stott (1921—2011) escreveu:

“A vida na terra é uma breve peregrinação entre dois momentos de nudez.” [2]

Não existe caixão com gavetas, nem caminhão de mudança em cortejo fúnebre. Por isso, é tolice viver para ficar rico. Prestaremos contas a Deus de mãos vazias, e não com o bolso cheio.

b. Já temos o suficiente para viver.

“Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.” (v. 8)

É possível vivermos bem possuindo apenas as coisas básicas da vida. Por que acreditamos na mentira de que uma vida satisfeita só é possível se estivermos rodeados de luxo material e conforto excessivo? Deus prometeu cuidar de nós:

“Seja a vossa vida isenta de ganância e contentai-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: Nunca te deixarei, jamais te desampararei. Desse modo, com plena confiança, digamos: O Senhor é quem me ajuda, não temerei. Que poderá me fazer o homem?” (Hebreus 13.5-6) [3]

Nas palavras de John Piper:

“Não importa em que direção o mercado de ações está indo, Deus é sempre melhor que o ouro. Suas promessas ajudam a minar as cordas que nos prendem ao amor ao dinheiro.” [4]

c. Buscar as riquezas resulta em destruição.

“Mas os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos insensatos e nocivos, que levam as pessoas a se afundar na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e atormentaram a si mesmos com muitas dores.” (vv. 9-10)

Quem se ocupa em buscar o prazer em Deus, não se ocupará em buscar riquezas. Você não pode buscar Deus e o dinheiro ao mesmo tempo. Todavia, isso não significa que Jesus seja contra investimentos financeiros ou contra o salário de um trabalhador. O Senhor é contra o mau investimento, ou seja, Ele se opõe à atitude de colocar o nosso coração nas riquezas. John Piper esclarece:

“O que Paulo está nos advertindo não é contra o desejo de ganhar dinheiro para suprir nossas necessidades e as necessidades de outros. Ele está nos advertindo contra o desejo de ter mais e mais dinheiro para que ele forneça uma massagem no ego e traga o luxo material.” [5]

II. AJUNTANDO TESOUROS NO LUGAR CERTO

Se Jesus não é contra o investimento nem contra o recebimento de salário, em qual lugar devemos investir o nosso dinheiro? A Bíblia diz que devemos ajuntar tesouros no céu. Porém, como fazemos isso? Vejamos o texto bíblico:

“Não tenha medo, ó pequenino rebanho; porque o Pai de vocês se agradou em dar-lhes o seu Reino. Vendam os seus bens e deem esmola; façam para vocês mesmos bolsas que não desgastem, tesouro inesgotável nos céus, onde o ladrão não chega, nem a traça corrói, porque, onde estiver o tesouro de vocês, aí estará também o seu coração.” (Lucas 12.32-34) [6]

Em outras palavras, ajuntamos tesouros no céu usando o dinheiro para propósitos de misericórdia em nome de Jesus. Isso significa doar para quem tem necessidade. Uma das influências que já penetrou o arraial evangélico é o materialismo consumista:

“A lei do consumismo é tão irresistível que temos comprado mais e mais casas (e maiores), mais e mais carros (e mais novos), mais e mais roupas (e mais extravagantes), mais e mais alimento (e melhor) e toda sorte de bugigangas, quinquilharias, vasilhas, aparelhos e equipamentos para tornar a vida mais divertida” [7]

O materialismo consumista deve ser combatido pela simplicidade. Simplicidade significa viver modestamente, para ajudar quem tem menos. Não só a igreja deve optar pela simplicidade, mas o mundo todo. Se isso fosse feito, certamente muitas vidas seriam poupadas da morte resultante da fome. Observe os dados alarmantes do desperdício mundial de alimento:

Globalmente, um terço de todos os alimentos produzidos - no valor de 1 trilhão de dólares - são jogados fora a cada ano, segundo pesquisadores da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, e pesquisadores temem que o desperdício anual de alimentos aumente em um terço, para 2,1 bilhões de toneladas até 2030. [8]

Junto com a produção de alimentos desperdiçados, perde-se também água, energia e produtos químicos usados na produção alimentícia. Somente o volume de água ‘perdido’ nesse desperdício equivale ao fluxo anual do rio Volga, na Rússia, aponta o relatório da FAO. Esse desperdício de alimentos consome cerca de 250 quilômetros cúbicos de água e ocupa cerca de 1,4 bilhão de hectares, grande parte de habitats naturais transformados para tornarem-se território arável. [9]

Alguns podem objetar, dizendo: “Mas Deus não prometeu prosperar o Seu povo?” É claro que sim. Mas Deus prospera o Seu povo visando o bem de outros também. Deus dá prosperidade para que a doação misericordiosa seja praticada. As bênçãos que recebemos dizem muito, não apenas sobre o caráter generoso de Deus, mas principalmente sobre a condição de nosso coração.

“Utilize a moeda do prazer cristão de forma sábia: não deseje ficar rico; contente- se com aquilo que é necessário para uma vida em tempos de guerra; coloque a sua esperança inteiramente em Deus; proteja-se do orgulho; e deixe que o seu prazer em Deus transborde rica e generosamente para um mundo perdido e necessitado.” [10]


OBS: Assista esta aula, clicando no link abaixo:


Fabrício A. de Marque

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Notas:
[1] Nova Almeida Atualizada (NAA).
[2] STOTT, John. O Discípulo Radical. Viçosa, MG: Ultimato, 2011. p. 16.
[3] Almeida Século 21 (A21).
[4] PIPER, John. Plena Satisfação em Deus: Deus glorificado e a alma satisfeita. São José dos Campos, SP: Fiel, 2009, p. 75.
[5] Ibid. p. 74.
[6] Nova Almeida Atualizada (NAA).
[7] Ibid. p. 77.
[10] Ibid. p. 80.


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