pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: A Luta Em Favor dos Indefesos: Refutando o Aborto

A Luta Em Favor dos Indefesos: Refutando o Aborto

 

Lamentavelmente, a Câmara da França aprovou o aborto até o 9º mês de gestação. Essa decisão foi uma queda ainda mais profunda no abismo moral. Digo “mais profunda”, pois o aborto já era legalmente permitido no país até as 12 primeiras semanas de gravidez. O total de bebês abortados na França, por ano, é de aproximadamente 220 mil. Resolvi escrever sobre isso, principalmente para que os cristãos não sejam seduzidos pelo discurso desta cultura caída. O aborto é um gravíssimo pecado contra Deus e contra o próximo. É um atentado contra os indefesos.

A Bíblia diz: “Erga a voz em favor dos que não podem defender-se, seja o defensor de todos os desamparados” (Pv 31.8). Ideias têm consequências. A história é prova viva disso. Francis Galton (1822—1911), o primo de Charles Darwin, inventou o conceito de eugenia. Segundo ele, é possível melhorar a sociedade fazendo combinações biológicas entre as pessoas (homens inteligentes devem se casar com mulheres inteligentes). Essa ideia foi um prato cheio para a Alemanha Nazista.

Infelizmente, até o Brasil adotou essa loucura no início do século passado, o que gerou o movimento eugênico brasileiro, tendo como principal líder o médico e farmacêutico Renato Kehl (1889—1974). Não podemos subestimar o poder de uma ideia, seja para o bem ou para o mal. Crer que o aborto é um caminho viável, é uma ideia que possui consequências desastrosas. Por isso, é preciso ir à Bíblia a fim de saber o que Deus pensa sobre o aborto.

Em primeiro lugar, a Bíblia diz que somos humanos no momento da concepção: “Depois disto abriu Jó a sua boca, e amaldiçoou o seu dia. E Jó, falando, disse: Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um homem!” (Jó 3.1-3). Traduzindo literalmente, o texto ficaria assim: “Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: foi concebido um ser humano por completo”. Portanto, se o bebê no ventre é um ser humano por completo, a Bíblia prova que somos pessoas reais no momento da concepção.

Além do mais, Maria, a mãe de Jesus, ficou grávida do Espírito Santo. O anjo disse a José que o menino deveria se chamar Jesus. Note que o anjo revelou o nome de Jesus quando Maria ainda estava grávida. Isso significa que, se Jesus recebeu um nome quando ainda estava no útero de Maria, Ele já era uma pessoa real. Portanto, somos humanos no momento da concepção.

Em segundo lugar, a Bíblia diz que antes do nascimento a nossa vida já tinha sido escrita por Deus (Sl 139.13-16). Deus escolheu até o país, a cidade e a família em que nasceríamos (At 17.26). Se Deus fez tudo isso antes do nosso nascimento, então os bebês no útero são pessoas reais que foram cuidadosamente planejadas pelo Criador do Universo antes de cada uma delas nascer.

Em terceiro lugar, a Bíblia revela que os bebês ainda no útero podem ter experiências cristãs distintas (Lc 1.14-15, 41). O anjo disse a Zacarias que, antes de nascer, João Batista seria cheio do Espírito Santo: “[...] e será cheio do Espírito Santo desde antes do seu nascimento” (Lc 1.15b). Somente um ser humano pode ser cheio do Espírito Santo. Aqui temos mais uma prova de que os bebês no ventre são pessoas reais, embora ainda não tenham nascido.

E em quarto lugar, a Bíblia diz que o aborto equivale ao crime de homicídio. Observe: “Se homens brigarem e ferirem uma mulher grávida, e ela der à luz prematuramente, não havendo, porém, nenhum dano sério, o ofensor pagará a indenização que o marido daquela mulher exigir, conforme a determinação dos juízes. Mas, se houver danos graves, a pena será vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, contusão por contusão” (Êxodo 21.22-25).

Se o bebê nascesse prematuro, o ofensor deveria pagar uma indenização. Contudo, se o bebê e a mãe morressem, a pena de morte deveria ser aplicada, ou seja, o ofensor deveria morrer também. Note que o texto nem está falando de aborto premeditado ou planejado. O texto está falando de um acidente provocado por uma briga. Em qualquer caso, abortar um bebê significa praticar um homicídio. O governo de um país não pode legalizar o aborto. Legalizar o aborto significa legalizar um crime.

Assim, como cristãos que levam a Palavra de Deus a sério, precisamos atacar o sistema deste mundo que luta contra Deus e contra o Seu reino. Devemos nos posicionar contra o aborto e lutar em favor dos indefesos. Que esta advertência estremeça o nosso coração: “Livra os que estão sendo levados à morte, detém os que vão tropeçando para a matança. Se disseres: Não sabemos de nada. Por acaso aquele que sonda os corações não percebe? E aquele que guarda a tua vida não sabe? Não retribuirá a cada um conforme seus atos?” (Pv 24.11-12).

 

 

Fabrício A. de Marque



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