Se o termo “Homilética” é novo para você, saiba que essa matéria teológica é uma ciência e uma arte ao mesmo tempo. É a ciência da elaboração de sermões e a arte de pregar a Palavra de Deus. Particularmente, aprecio muito a Homilética. Já li vários livros sobre isso, já preguei vários sermões (a Homilética em ação) e já tive o privilégio de lecionar essa matéria no seminário para duas turmas diferentes.

O pastor alagoano Jilton Moraes é um especialista nesta área. Ele escreveu vários livros sobre esse assunto durante o seu longo ministério, que ultrapassa os 35 anos. A presente obra é o primeiro volume de uma trilogia chamada “Coleção Homilética”, lançada pela Editora Vida Acadêmica. Este volume, lançado em 2005, tem 224 páginas e 15 capítulos. 

O autor ensina toda a “mecânica” da montagem de um sermão, lançando mão de vários exemplos para facilitar o aprendizado. Tudo o que os pregadores precisam saber é explorado pelo autor: Ideia Central do Texto (ICT), tese, título, introdução, divisões e subdivisões, ilustração, aplicação e conclusão. 

É claro que o trabalho não termina aí. Além de preparar o sermão, o pregador deve preparar a si mesmo. Isso significa que o pregador deve cultivar a sua comunhão com o Senhor (conhecer o Deus da Palavra e não só a Palavra de Deus), deve cuidar de sua aparência (roupas, estilo, penteado, odor, etc.), e deve ser cuidadoso na maneira de expor a Palavra de Deus (atenção ao tom de voz, gestos, piadas, etc.). 

No final da obra, o autor se levanta em defesa da brevidade da pregação. Sermões longos tendem a ser enfadonhos, especialmente em uma época como a nossa, marcada pela pressa e pelas imagens. Assim, “o melhor pregador não é o que mais fala, mas o que falando menos, mais diz” (p. 212). 

Você deseja saber um pouco mais sobre a realidade dos bastidores de um pregador do evangelho? Então, corra até a livraria e adquira um exemplar deste livro. 

Fabrício A. de Marque