Muitas mulheres se arrepiam quando ouvem a palavra “submissão”. Tal postura revela muitas coisas erradas guardadas no coração e na mente. A autora Bunny Wilson odiava essa palavra, pois em sua mente existia um conceito totalmente equivocado acerca da verdadeira submissão bíblica. 

Após a sua conversão, foi difícil mudar a forma de pensar, especialmente pelo fato de, no passado, ela ter sido ateia e feminista. No livro, ela relata experiências pessoais pelas quais passou, mas também relata experiências de outras pessoas. Tudo isso, sem dúvida, enriquece o leitor, pois percebe-se o modo gracioso com que o Senhor trabalha na vida de Seus filhos. 

Embora o livro enfatize a submissão feminina, a autora explora o conceito de submissão para o cristão, de forma geral. Ela toca não apenas na área do casamento, mas também fala sobre submissão no ministério, no emprego e na sociedade. 

Achei interessante os capítulos de perguntas e respostas. Por exemplo, como praticar a submissão bíblica em contextos difíceis, como agressão física e verbal no casamento? Como ser submisso diante da pressão no trabalho, quando o patrão nos impele a agir imoralmente? Pelo que percebi, as perguntas foram feitas por pessoas que estavam enfrentando situações reais. 

Não só as mulheres casadas serão abençoadas com a leitura deste livro, mas também as mulheres solteiras sem filhos e até as solteiras que já são mães. Os homens também serão edificados com a leitura. Não só edificados, mas desafiados. A autora mostra, por exemplo, que a responsabilidade do marido é muito maior do que a da esposa. Afinal, a liderança principal é do homem. Se ele não for sábio e dependente de Deus, certamente prejudicará toda sua família através de decisões tolas. 

A obra, publicada em 2001 pela Editora Betânia, possui 168 páginas e 10 capítulos. A seguir, seguem dois excertos. O primeiro, fala sobre a submissão da esposa, e o segundo sobre o sexo antes do casamento: 

“Parece-me que a submissão ao marido é a proteção que Deus providenciou, através do casamento, para impedir-nos de cometer o mesmo erro de Eva. [...] Sem uma autoridade que a governe, a mulher pode ter a tendência de criar seu próprio reino, totalmente independente de Deus. Aliás, é isso o que vemos em muitas mulheres que desprezam o princípio da submissão.” (p. 93) 

“O mesmo espírito de rebeldia que exige a prática do sexo antes do casamento irá recusá-la depois. Os jovens solteiros que são sexualmente ativos, sem o saber, estão gerando e cultivando uma atitude de oposição a Deus. Essa obstinação terá efeitos de grandes consequências nos anos futuros.” (p. 134) 

Fabrício A. de Marque