pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: Um Conto de Natal: Charles Dickens

Um Conto de Natal: Charles Dickens

 


O conto não é real, é claro. Mas a crítica social feita pelo autor, sim. O personagem principal é um velho chamado Ebenezer Scrooge, homem ranzinza, totalmente avesso às comemorações natalinas, à compaixão e à generosidade; um sovina contumaz. 

Scrooge tinha um sócio chamado Marley, falecido há alguns anos. Certo dia, o fantasma de seu falecido sócio lhe aparece, causando grande espanto em Scrooge, visto ser um homem tremendamente materialista. 

Quando em vida, Marley não tinha sido tão diferente de Scrooge. Arrependido por ter vivido tão inutilmente, ele não quer que seu ex-sócio termine no mesmo destino. Assim, Marley afirma que Scrooge receberá a visita de três fantasmas: o Fantasma do Natal Passado, o Fantasma do Natal Presente e o Fantasma do Natal Futuro. 

O Fantasma do Natal Passado conduz Scrooge aos fatos de sua vida, desde a infância, mostrando, assim, os fatores que o transformaram no homem que ele é hoje. O Fantasma do Natal Presente mostra a realidade atual do velho rabugento. Ele é durão e vive distante de sua família e, além disso, remunera muito mal o seu atual funcionário Bob Cratchit, homem esforçado, pai de uma linda família. 

O Fantasma do Natal Futuro conduz Scrooge ao seu destino final, caso sua atitude não mude. E qual será o seu destino? Ele morrerá, como todo mortal, mas a sua morte produzirá alívio e gargalhada nas pessoas à sua volta. Espantado com sua própria maldade, Scrooge volta à realidade e cai em si, totalmente diferente de como era antes da visita do primeiro fantasma. 

Ávido por mudança, Scrooge começa a consertar a sua vida o mais rápido possível. Ele passa, então, a cultivar os valores que permanecem depois da morte. Ele é generoso com seu funcionário Bob, aumentando o seu salário. Ele se aproxima de sua família para, juntos, comemorarem o Natal. Ele trata bem todas as pessoas, sem se importar com a estranheza no olhar delas. 

A edição que li foi publicada em 2019 pela Principis, selo exclusivo da editora Ciranda Cultural e tradução de Silvio Antunha. Particularmente, gostei da crítica social feita pelo autor. Enquanto estamos vivos, há tempo para consertar o que precisa de conserto e valorizar o que, de fato, tem valor; pois, quando a morte chegar, as oportunidades se esgotarão. 

 

Fabrício A. de Marque




Nenhum comentário:

Se você foi edificado, deixe-nos um comentário!
Obrigado pela visita!