pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: Apenas uma coisa permanecerá

Apenas uma coisa permanecerá


Suponhamos que você descobre que tem apenas uma semana de vida. Olhando para os anos que se passaram, você poderia afirmar que viveu de maneira digna do evangelho? Apesar dos pecados que você certamente cometeu, é possível encontrar verdadeiro arrependimento em sua vida e uma mudança de caminho? Vamos refletir juntos sobre uma porção bíblica escrita por Paulo.

 

Em sua carta aos efésios, ele disse: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo” (Efésios 5.15-21).

 

Paulo escreveu esse texto a um grupo de convertidos que estava cercado por uma cultura maligna. À volta deles, estavam os pagãos que não queriam saber de Cristo nem das coisas de Deus. Para que esses irmãos não se contaminassem, Paulo traz à memória deles a verdade de que a vida é breve, de como o mal é perigoso e do quão importante é viver pelo Espírito Santo de Deus.

 

Diante das declarações de Paulo, gostaria de levantar algumas perguntas e respondê-las com base em tais afirmações. Em primeiro lugar, por que necessitamos viver sabiamente? (v. 15). Porque os dias são maus (v. 16). Sem a sabedoria que vem do alto, caímos na maldade do mundo. Sem a sabedoria de Deus, somos facilmente persuadidos pela sabedoria do mundo.

 

Em segundo lugar, Paulo afirma que a sabedoria deve nos levar a compreender e fazer a vontade de Deus (v. 17). Mas como podemos compreender a vontade de Deus antes de obedecê-la? Qual é Sua vontade? Visto que estamos falando da vontade de preceito, é evidente que a vontade de Deus está revelada nas Escrituras. Paulo mostra, na sequência, que a vontade de Deus é que sejamos cheios do Espírito Santo (v. 18).

 

Em terceiro lugar, quais são as evidências de que alguém está cheio do Espírito Santo? Gritos de aleluia? Línguas estranhas? Rodopios? Nada disso. A resposta encontra-se nos versículos 19 a 21. Paulo menciona o louvor genuíno a Deus que brota do coração (v. 19), ações de graças em nome de Jesus (v. 20) e sujeição mútua (v. 21).

 

A verdade é que, sem as Escrituras, não saberíamos como fazer essas coisas. Portanto, ser cheio do Espírito significa, em essência, ser governado pela Palavra de Deus em meio à nossa cultura que aceita qualquer coisa como verdade absoluta. Ser governado pela Palavra não é apenas possuir um conhecimento teórico das Escrituras, mas ser submisso a ela: “E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tiago 1.22).

 

Se para sermos cheios do Espírito Santo precisamos ser governados pela Palavra, como está o nosso conhecimento das Escrituras? Estamos reservando tempo suficiente para ler e meditar na santa Palavra de Deus? Tendo em vista que os nossos dias estão todos contados (Sl 139.16), quais atividades insignificantes precisamos descartar de nossa agenda? Quais atividades precisamos acrescentar à nossa agenda?

 

Talvez seja preciso diminuir o tempo que passamos mergulhados no entretenimento e na distração. Sabemos o que precisa ser feito. Faça hoje. Não deixe para amanhã. Lembre-se sempre das palavra do missionário C. T. Studd (1860—1931):

 

“[Temos] apenas uma vida, [e ela] logo passará. Apenas o que foi feito para Cristo permanecerá.”

 

 

Fabrício A. de Marque



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