pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: Pedir a Deus “confirmação no coração” é um método perigoso

Pedir a Deus “confirmação no coração” é um método perigoso

 

Quando estão diante de uma decisão, muitos irmãos pedem para Deus “confirmar” em seus corações o caminho que devem seguir. Qual emprego escolher? Em qual ministério servir? Ter um filho ou dois? Comprar um carro ou uma moto? Assim, depois de um tempo de oração e de espera no Senhor, esses irmãos se sentem inclinados a uma opção. Diante disso, surge uma pergunta: como eles têm certeza de que a opção que “sentiram” é a opção correta?

Por que julgo esse método bastante perigoso? Pelo simples motivo: é subjetivo demais. Não me entenda errado. Eu creio piamente que Deus trabalha em nossas afeições durante o processo de decisão. Por exemplo, se ao escolher determinado caminho, o seu coração “pesar”, é melhor reavaliar a escolha que você fez. Se amamos o Senhor com todo o nosso ser (Mateus 22.37), é evidente que o Senhor também tocará nesse ponto mais subjetivo do nosso ser.

Perceba que estou afirmando que esse método é “perigoso”, e não “herético” ou algo parecido, embora, é claro, ele tenha se tornado herético em alguns círculos, chegando a ser mais importante do que a Bíblia. Digo que pedir a Deus confirmação no coração é perigoso, pois na maioria das vezes confundimos o nosso desejo com a vontade de Deus.

Além disso, quando alguém diz: “Deus confirmou a vontade dEle em meu coração”, quem será capaz de julgar se isso é verdade ou não? Como diremos para essa pessoa que a escolha dela parece ser prejudicial? Agindo assim, ela se coloca numa posição de total imunidade às críticas. Afinal, Deus “confirmou” a decisão no coração dela. Quem é você para contrariar tal experiência?

Diante disso, o que o Senhor requer de nós, então? Deus quer que tomemos decisões sábias. Para isso, Ele nos providenciou a sabedoria necessária, bastando pedir com fé em oração (Tiago 1.5). Além do mais, a Escritura nos fornece princípios gerais para que, por meio deles, analisemos cada opção e, assim, optemos por aquela que parece ser melhor para nós e para a glória de Deus.

Tomar decisões pautados na sabedoria divina e nos princípios gerais da Bíblia nos levará ao crescimento em maturidade e em experiência prática. Esperar pela “confirmação de Deus no coração” diante de toda e qualquer decisão, não é uma atitude sábia. Lembre-se que “quem confia no seu próprio coração é tolo [...]” (Provérbios 28.26a).

 

Fabrício A. de Marque



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