pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: O que ninguém te fala é que...

O que ninguém te fala é que...

 

O que ninguém te fala é que muitas profecias bíblicas já se cumpriram há séculos. Você já parou para pensar como é ilógico ficar aguardando o cumprimento de profecias que já aconteceram? Existem profecias que foram inventadas por falsos profetas e, por isso, elas jamais se cumpriram. Profecias desse tipo só geram alvoroço, especulação e falsas expectativas. Por outro lado, há profecias que vieram dos profetas de Deus. Refiro-me, é claro, aos profetas bíblicos inspirados pelo Espírito Santo. Muitas dessas profecias — eu diria que a maioria delas — já se cumpriram no passado.

Mas apesar disso, várias pessoas ainda esperam que essas profecias se cumpram em algum momento no futuro. Tal postura pode gerar expectativas frustradas. Algumas pessoas dizem que certas profecias bíblicas vão se cumprir duplamente, ou seja, elas tiveram um cumprimento primário no passado e terão um cumprimento secundário no futuro. Essa teoria é conhecida no mundo teológico como profecias de duplo cumprimento ou de dupla referência.

De fato, várias profecias do AT, por exemplo, tiveram duplo comprimento. O NT é a base bíblica que comprova esse fato. Contudo, certas profecias que estão registradas no NT não se enquadram na categoria de duplo cumprimento. Isso porque não há nenhum documento escrito após a composição do NT que nos dê garantia disso.

Colocando em outras palavras para facilitar, sabemos que certas profecias do AT são de duplo cumprimento, porque o NT nos mostra isso. O AT revela a profecia e o NT apresenta o cumprimento profético. Em contrapartida, as profecias do NT não podem ter duplo cumprimento pelo fato de não existir nenhum material inspirado por Deus, além das Escrituras neotestamentárias, para garantir o duplo cumprimento profético.

Um exemplo para ilustrar é a profecia sobre a Grande Tribulação, mencionada por Jesus em Seu sermão escatológico em Mateus 24. Jesus garantiu que a Grande Tribulação deveria ocorrer naquela geração do século primeiro; a geração que estava ouvindo o Seu discurso profético. Jesus afirmou, com ênfase, que aquela geração não passaria sem que primeiro todos os sinais que Ele havia mencionado — incluindo a Grande Tribulação — acontecessem (cf. Mt 24.34).

Algumas décadas após a profecia de Jesus, a Grande Tribulação aconteceu. A guerra Judaico-Romana (66—73 DC) derrubou o templo sagrado e devastou a cidade de Jerusalém, exterminando, assim, mais de um milhão de judeus. A profecia de Jesus, portanto, se cumpriu no século primeiro. Além disso, não foi um acontecimento global, que envolveu todas as nações do planeta terra; mas sim, um acontecimento local, abrangendo tão somente os limites do Império Romano do primeiro século.

Atualmente, vejo muitas pessoas produzindo conteúdo falando de uma suposta Grande Tribulação futura. São livros, artigos e vídeos no YouTube ensinando sobre isso. Contudo, me parece mais correto entender a Grande Tribulação a partir de outra ótica. A profecia sobre a Grande Tribulação se cumpriu há quase 2 mil anos. Muitos anos já se passaram! Tenho total consciência que essa forma de abordar a Grande Tribulação não é comum para muitas pessoas, pois a maioria foi orientada dentro do futurismo profético.

Eu também entendia dessa forma. Vários líderes e pastores me ensinaram assim desde o início da minha vida cristã. Todavia, depois de alguns anos estudando o assunto, descobri que havia outra forma de interpretar. Gostaria que você também refletisse com sinceridade sobre isso. Questione as suas próprias convicções e crenças. Como se trata de um tópico secundário da escatologia cristã, podemos, livremente, mudar de opinião e seguir outra linha de pensamento, se formos convencidos disso. Portanto, faça isso. Questione-se. As evidências poderão te surpreender.


Fabrício A. de Marque



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