pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: Dilúvio: o juízo chegou!

Dilúvio: o juízo chegou!



Texto Bíblico: Gênesis 7.

A misericórdia e o amor de Deus anulam Sua justiça e ira? As pessoas de nosso tempo têm dificuldade de acreditar que Deus é o Justo Juiz. No máximo, elas pensam que apenas o estuprador, o pedófilo e o político corrupto são merecedores da punição divina. Infelizmente, a maioria está contaminada com a ideia diabólica de que é possível viver do jeito que quiser e, mesmo assim, ser perdoado por Deus sem nascer de novo. A história bíblica do dilúvio é uma grande prova de que Deus não tolera o pecado. Deus é tão santo que eliminou da terra toda a humanidade que viveu na época de Noé. Nem mesmo os animais foram poupados do juízo. Como isso aconteceu? Acompanhe comigo essa trajetória.



(1) Ordem para entrar
Antes que o dilúvio fosse derramado sobre a terra, Deus instruiu Noé acerca do que ele deveria fazer. Noé deveria colocar na arca um casal de cada espécie de animal impuro e sete pares das espécies puras. Em sete dias a humanidade experimentaria um terrível juízo em consequência de seus pecados. Deus prometeu que as águas cairiam durante 40 dias até que tudo fosse exterminado: “Porque, passados mais sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites, e exterminarei da face da terra todas as criaturas que fiz” (Gênesis 7.4).
Em meio a tanto pecado, havia um homem verdadeiramente obediente. Se, por um lado, Deus estava irado com a humanidade, por outro lado Ele estava satisfeito com a vida piedosa de Noé. O velho Noé – já contando 600 anos de idade – seguiu fielmente às ordens do Senhor: “E Noé fez tudo conforme o SENHOR lhe havia ordenado” (Gênesis 7.5).
Uma curiosidade pode surgir nessa altura da história: como Noé conseguiu reunir um casal de cada espécie de animal? Como ele fez para capturar as aves? Será que Noé preparou algumas arapucas? Ou será que ele subiu de mansinho para apanhar as aves de surpresa? Nenhuma alternativa está correta. Diante de uma vasta criação, Noé não conseguiria sair em busca dos animais como se fosse um hábil caçador. Deus trouxe todos os animais até Noé. Veja: “Os animais grandes, as aves e todo animal pequeno sobre a terra, dos limpos e dos que não são limpos, foram de dois em dois até Noé e entraram na arca, macho e fêmea [...]” (Gênesis 7.8-9).
Tudo preparado para o juízo! Dentro da arca estão os animais, Noé, seus filhos Sem, Cam e Jafé bem como as três noras de Noé [1]. Note que a porta da arca não foi fechada por Noé, pelo lado de dentro. A porta simplesmente fechou-se, e o próprio Deus fizera isso: “[...] Então o Senhor fechou a porta”. (Gênesis 7.16b, NVT).

(2) O juízo de águas
No dia determinado por Deus, o dilúvio veio sobre a terra. As águas invadiram a criação de Deus durante 40 dias. As águas cobriram os montes mais elevados (cerca de sete metros acima deles), mas não cobriu a arca. A engenhosa obra de Noé ficou flutuando sobre as águas tal como um gigante navio em águas turbulentas.
Em torno desse assunto, surgiu uma disputa entre os teólogos quanto à abrangência do dilúvio enviado por Deus. Eles se dividem em duas posições: a posição que defende o Dilúvio Universal (ou global) e a que defende o Dilúvio Local (limitado). Para resumir, o dilúvio atingiu todos os cantos da terra sem exceção, ou o dilúvio atingiu somente a região em que Noé e seus conterrâneos moravam? Visto que o propósito deste artigo não é apresentar os argumentos de cada uma das duas posições, quero apenas mencionar alguns versículos que parecem argumentar em favor da primeira tese (Dilúvio Universal). Observe com atenção o versículo 19: “As águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e foram cobertos todos os altos montes que havia debaixo do céu”. Todos os montes que havia “debaixo do céu” foram cobertos de água. Devemos pensar que “debaixo do céu” refere-se apenas a uma pequena parte de cima da região em que Noé habitava? Não seria mais plausível pensar na frase “debaixo do céu” apontando para toda a terra? Além disto, o Novo Testamento compara o juízo do dilúvio com o juízo final: “Foi pelas águas que o mundo daquela época foi destruído pelo dilúvio. Mas, pela mesma palavra, os céus e a terra de agora têm sido guardados para o fogo, reservados para o dia do juízo e da destruição dos homens ímpios” (2 Pedro 3.6-7). Ora, se o dilúvio foi local, por que Pedro o comparou com o juízo final? Seria o juízo final um acontecimento restrito a alguns ímpios apenas? O leitor pode, em oração, estudar e meditar sobre os seguintes textos [2]: Isaías 54.9; 1 Pedro 3.20; 2 Pedro 2.5; Hebreus 11.7).
O capítulo 7 de Gênesis termina dizendo que o propósito de Deus fora concretizado: todos os animais e todos os seres humanos restantes na terra foram destruídos. Após esse relato, segue uma nota de Moisés: durante 150 dias as águas do dilúvio cobriram a terra.

Aplicação prática
1) Assim como o juízo do dilúvio veio sobre a terra, o Dia da vingança do nosso Deus também chegará sobre aqueles que não creem em Jesus Cristo.

2) Cristo, e somente Ele, poderá livrar o homem do julgamento final. O julgamento final não pode atingir aquele que confia em Cristo para a salvação, porque Cristo já recebeu o juízo de Deus em seu lugar.

“[...] Jesus, que nos livra da ira que há de vir.” (1 Tessalonicenses 1.10b)



Fabrício A. de Marque

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Notas:
[1] Embora o autor de Gênesis não mencione a esposa de Noé, afirmamos, por dedução, que ela também estava entre os sobreviventes do Dilúvio. A dedução lógica tem como base 1 Pedro 3.20: "os quais, noutro tempo, foram rebeldes, quando a paciência de Deus esperava enquanto a arca era construída nos dias de Noé; poucas pessoas, isto é, oito, salvaram-se nela por meio da água."

[2] Além das evidências bíblicas e teológicas, também há evidências arqueológicas que corroboram em favor do Dilúvio Universal.


2 comentários:

  1. Lindo texto Fabrico e muito edificante!!!

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    1. Obrigado por acompanhar os artigos, Julio. Tenho procurado escrever com mais frequência. Comecei uma série de estudos no livro de Juízes. Está aqui no blog. Estou editando as aulas da EBD e transformando-as em artigos. Depois confira. Um abraço!

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