pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: A Bíblia e os Animais

A Bíblia e os Animais


Quase todo mundo gosta de animais. Eles fazem parte da rotina da população mundial. Infelizmente, alguns não suportam animais de jeito nenhum. Outros chegam ao cúmulo de cometer atrocidades com os bichinhos. São pessoas de mal com a vida e incapazes de se alegrar na criação de Deus.
Particularmente, gosto muito de animais. Desde criança não sei o que é uma casa sem a presença dos bichinhos. Lembro-me de meus avós maternos. Eles nutriam um carinho especial pelos bichanos. Na casa deles havia papagaio, periquito, alguns cachorros e mais de uma dúzia de gatos (não estou exagerando). Eu achava o máximo passar o dia com essa turma.
Os animais são um barato. Procure por vídeos na Internet e logo perceberá que eles trazem uma diversão singular para a família.

Os animais segundo a Bíblia
A Bíblia é muito clara em afirmar que os animais foram criados por Deus. Todos, sem exceção, foram criados por Ele: os animais aquáticos, os domésticos, os terrestres e as aves (Gênesis 1:20-25). Os animais não foram apenas criados. Eles também são sustentados por Deus através de Sua providência: “Todos [os animais] esperam de ti, que lhes dês o seu sustento em tempo oportuno. Dando-lho tu, eles o recolhem; abres a tua mão, e se enchem de bens" (Salmos 104:27-28 ACF).
Além dessas verdades, também somos informados pela Bíblia que o justo valoriza os animais, diferentemente dos ímpios: “O justo tem consideração pela vida dos seus animais, mas as afeições dos ímpios são cruéis” (Provérbios 12:10 ACF). Ora, na própria lei mosaica Deus ordenou que os animais recebessem o devido descanso do seu trabalho: “Seis dias farás os teus trabalhos, mas ao sétimo dia descansarás; para que descanse o teu boi, e o teu jumento [...]” (Êxodo 23:12a ACF). Além disso, enquanto estivesse trabalhando, o boi tinha o direito de desfrutar de sua produção, como se a produção do boi fosse o seu “salário” por direito: “Não amordacem o boi enquanto está debulhando o cereal” (Deuteronômio 25:4 NVI). Dois animais também não podiam arar a terra sob o mesmo jugo para que não fossem fisicamente prejudicados: “Não arem a terra usando um boi e um jumento sob o mesmo jugo” (Deuteronômio 22:10 NVI). Deus mandou Noé separar um casal de cada espécie de animal, deixando claro que Ele queria animais habitando na terra depois do juízo do Dilúvio: “De todos os animais limpos tomarás para ti sete e sete, o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o macho e sua fêmea. Também das aves dos céus sete e sete, macho e fêmea, para conservar em vida sua espécie sobre a face de toda a terra” (Gênesis 7:2-3 ACF). Jesus pressupôs que um animal seria socorrido por seu dono, caso o animal sofresse um acidente: “Então ele lhes perguntou: ‘Se um de vocês tiver um filho ou um boi, e este cair num poço no dia de sábado, não irá tirá-lo imediatamente?’ “ (Lucas 14:5 NVI). Quando Deus demonstrou misericórdia pelos habitantes de Nínive, os animais também foram alvos da compaixão divina: “E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais? [1]” (Jonas 4:11 ACF). O escritor de Provérbios utilizou os menores animais da terra como “professores” da verdadeira sabedoria. Ele usou a formiga como exemplo de diligência e previdência, apesar de sua fragilidade: “As formigas não são um povo forte; todavia no verão preparam a sua comida” (Provérbios 30:25 ACF). Ele disse que o coelho edifica sua toca nos penhascos, mesmo tendo pouco poder: “Os coelhos são um povo débil; e contudo, põem a sua casa na rocha” (Provérbios 30:26 ACF). Ele afirmou que os gafanhotos são extremamente organizados, apesar da ausência de um líder sobre eles: “os gafanhotos, que não têm rei, mas avançam todos enfileirados” (Provérbios 30:27 A21). Ele declarou que a lagartixa [2] caminha em palácios suntuosos, ainda que possamos colocá-la na palma da nossa mão por ser muito pequena: “a lagartixa, que pode ser apanhada com as mãos, mas anda nos palácios dos reis” (Provérbios 30:28 A21). Até mesmo o caminhar do leão, do galo e do bode é elogiado pela sua elegância (Provérbios 30:29-31a).

Os excessos
Embora a Bíblia atribua grande importância aos animais, algumas pessoas cometem verdadeiros excessos. Anos atrás, assisti a uma reportagem em que madames levaram os seus animaizinhos para um hotel de cães a fim de receberem todo o cuidado necessário. Os animais receberam massagem, comidas especiais e até mesmo nadaram em uma piscina de hidromassagem. Sem dúvida, essa atitude é claramente reprovável, visto que os animais não são melhores nem estão no mesmo patamar de importância que os seres humanos. Você deve, com certeza, cuidar da aparência e da saúde do teu cãozinho, sem, contudo, cair no exagero.
Alguns casais, por não poderem ou por não quererem ter filhos, tratam os animais como se fossem verdadeiros filhos humanos. Também não concordo com essa atitude. Você pode chamar o teu animalzinho de “filho”, sem problema algum. No entanto, não vejo sensatez em construir um quarto de criança só para o cachorro e fazer festa de aniversário para ele. Não estou criticando o dinheiro que é investido nessas coisas, embora isso também deva ser criticado. Minha crítica é contra o excesso de luxo para com os animais. Os animais não são seres humanos. Animais são animais. Eles não foram criados à imagem e semelhança de Deus como os humanos foram.

Cuidando dos animais
Sou a favor da punição justa sobre aqueles que maltratam os animais. O maltrato se dá de diversas maneiras. Ser negligente com a saúde dos animais, deixando de vaciná-los e alimentá-los, é maltrato. Bater a troco de nada, ou até mesmo bater além dos limites, é maltrato. Atropelar um animal na rua, ou na pista, e fugir do local, negando o socorro, é crueldade. Avistar um animal ferido por atropelamento e não fazer nada, também é crueldade e indiferença.
Passei por essa experiência. Ao passar por determinada rua, avistei um cachorrinho, próximo à sarjeta, com a pata quebrada, impossibilitado de ficar sobre as quatro patas. O dia estava chuvoso, o cachorrinho estava molhado e uma de suas patinhas estava aparentemente quebrada. Imagino que alguém o tenha atropelado e fugido. Com o coração cortado por ver aquela situação, liguei para o Centro de Zoonoses e passei todos os detalhes da situação bem como o endereço do local. Eles anotaram e disseram que socorreriam o cachorrinho. Se a circunstância me permitisse, certamente teria feito mais, como levar o cachorrinho ao veterinário e pagar todos os cuidados necessários. Fiz o que estava ao meu alcance.
Portanto, cuide do seu animalzinho de estimação. Dê-lhe não apenas alimento e cuidado veterinário. Dê-lhe também atenção. Enxergue o teu animal como ele realmente é, ou seja, uma criação de Deus que deve ser cuidada e protegida. Deus quer ser glorificado por nós nas coisas grandes e também nas coisas pequenas.

“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (1 Coríntios 10:31 ACF)


Fabrício A. de Marque

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Nota:
[1] Com isso, não estou afirmando que os animais podem ser salvos ou condenados eternamente.
[2] “Aranha” na ACF.



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