pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: Todas as Religiões São Iguais?

Todas as Religiões São Iguais?


De acordo com a opinião popular, toda religião é boa e conduz o homem ao mesmo Deus. Dizem que uma montanha tem várias trilhas que conduzem ao mesmo topo. Gandhi [1] disse: “A alma das religiões é uma só, mas está encerrada em um grande número de formas”. Será que isso é verdade? Será que podemos adorar o Deus verdadeiro e chamá-lo de Alá, Krishná, Oxalá, Jeová ou o Arquiteto do Universo? Será que adorar Buda ou Alá significa adorar o Deus bíblico? Jesus não deixou espaço para pensarmos assim. Na verdade, Jesus foi uma pessoa dogmática em matéria de fé.

I. JESUS, O DOGMÁTICO.
Dogmático é aquele que defende a existência de verdades absolutas. Se Jesus foi dogmático em matéria de fé, devemos ser dogmáticos também. Mas em quais pontos específicos Jesus foi dogmático?

1. Em relação ao conhecimento de Deus.
Diz a Bíblia: Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste (João 17:3 NVI). Só existe um Deus em todo o universo o resto é invenção humana. Os gregos tinham um deus para cada esfera da vida. Havia, por exemplo, o deus do vinho chamado Baco e a deusa Afrodite, responsável pelo amor. No Antigo Testamento, os judeus levavam a sério o Shemá [2]. Leia Deuteronômio 6:4-9 para compreender um pouco melhor sobre o conteúdo dessa profissão de fé. O objetivo do Shemá era impedir que o povo caísse na idolatria. Portanto, só existe um Deus verdadeiro e, infelizmente, não é todo mundo que adora esse Deus.

2. Em relação ao caminho para chegar a Deus.
Jesus disse: Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram” (Mateus 7:14 NVI). Cada religião ensina uma forma diferente de salvação. É impossível todas estarem certas. A Bíblia deixa claro que só existe um caminho de salvação, a saber, Jesus Cristo (João 14:6).

3. Em relação à natureza pecaminosa do homem.
Paulo escreveu citando um salmo: “Como está escrito: ‘Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram-se juntamen-te inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer’” (Rm 3:10-12). A Bíblia ensina que o homem sem Cristo é espiritualmente morto (cf. Ef 2:1). A seita Seicho-No-Iê, ao contrário da Bíblia Sagrada, diz que o homem é bom. Afirmam ainda que a doença e o mal, bem como o pecado, são ilusões projetadas pela mente. Ora, se o pecado é uma ilusão, por que Jesus morreu? Isso anula o sacrifício expiatório de Jesus, sendo, portanto, heresia.

4. Em relação à incapacidade do homem de produzir a sua própria salvação.
Se o homem possui uma natureza pecaminosa, segue-se logicamente que ninguém pode trabalhar pela sua própria salvação. Jesus deixou isso claro: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair [...]” (João 6:44a). Ninguém pode se achegar a Deus sem o chamado salvador de Deus. O homem não pode dar um jeito na sua própria vida. Todo ser humano precisa de Jesus Cristo.

5. Em relação ao absurdo de servir dois senhores ao mesmo tempo.
Jesus foi mais dogmático do que muitos cristãos modernos. Amor dividido não é amor genuíno. Não é possível servir a Deus com fidelidade e ao mesmo tempo servir outro senhor: “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro" (Mateus 6:24 NVI).

6. Em relação à adoração a Deus.
Durante a tentação no deserto, Jesus disse ao Diabo: Retire-se, Satanás! Pois está escrito: ‘Adore o Senhor, o seu Deus e só a ele preste culto’" (Mateus 4:10). Só é possível adorar a Deus com exclusividade se formos dogmáticos. Deus não aceita uma adoração fragmentada.

7. Em relação à segurança da nossa salvação.
Observe as palavras de Jesus: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai” (João 10:27-29 NVI). Existe seitas e também igrejas cristãs evangélicas que creem na perda da salvação. Duas seitas pelo menos creem nisso: os Muçulmanos e o Adventismo. Por outro lado, a igreja Assembleia de Deus também crê nessa possibilidade. Biblicamente, o salvo está seguro (Fp 1:6; Rm 8:34-39), mas não está autorizado a viver de qualquer maneira (Rm 6:22). O salvo possui características de uma pessoa salva. Sua vida é marcada pela pureza, humildade, obediência, renúncia, amor, etc.

8. Em relação à certeza da ressurreição do nosso corpo.
"Não fiquem admirados com isto, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem ressuscita-rão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados” (João 5:28-29). Quando alguém morre, o espírito e o corpo se separam. No Retorno de Cristo, o espírito e o corpo se unirão novamente. As Testemunhas de Jeová negam a união futura entre a parte material com a parte imaterial do ser humano, afirmando que as pessoas serão integralmente recriadas [3].
A Bíblia revela que o mesmo corpo enterrado ressurgirá do túmulo, porém, com um aspecto glorioso e renovado: Assim será com a ressurreição dos mortos. O corpo que é semeado é perecível e ressuscita imperecível; é semeado em desonra e ressuscita em glória; é semeado em fraqueza e ressuscita em poder” (1 Coríntios 15:42-43).

9. Em relação à certeza do julgamento final.
De acordo com o autor de Hebreus, "[...] o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo (Hebreus 9:27). Esse versículo é contra a ideia popular de morreu, acabou(aniquilacionismo). Essa doutrina é fortemente apregoada pelas Testemunhas de Jeová e pelo Adventismo [4]. Todavia, haverá um julgamento final de cada pessoa: “Cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus” (Romanos 14:12). O Senhor julgará cada obra e cada palavra que sair da boca dos homens: “Mas eu lhes digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado” (Mateus 12:36).

Se Jesus foi dogmático nessas questões, que postura devemos ter em relação à fé cristã? Judas, irmão do Senhor, disse que devemos estar em posição de batalha, defendendo a fé que nos foi confiada por Deus.

II. A DEFESA DA FÉ.

“Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé uma vez por todas confiada aos santos” (Judas 1:3)

1. O que é batalhar pela fé? 
A palavra batalhar (παγωνίζομαι: epagōnizomai) deu origem à palavra “agonizar”, tirada do universo do esporte. O quadro é de um atleta que estica seus nervos e tendões para dar o melhor na competição. Batalhar significa lutar contra as mentiras, contra as falsas doutrinas e contra os falsos mestres. É manter-se firme sem seguir a moda do momento. Por exemplo, alguns depositam fé na fé, ao invés de fé em Cristo. Não é a fé que salva, mas Jesus. Fé na fé é idolatria. Fé em Jesus é o modo correto de ser salvo. O cristão que luta pela fé que nos foi dada é capaz de identificar desvios doutrinários infiltrados na mente das pessoas e refutá-los corretamente.

2. Qual é o conteúdo dessa fé?
Nesta passagem, fé é o conjunto de doutrinas dadas por Deus à igreja por intermédio dos apóstolos. Não é uma moda teológica ou algum tipo de novidades. É o corpo doutrinário revelado na Palavra de Deus: “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações” (Atos 2:42; cf. 2 Ts 3:6).

3. Por que devemos batalhar pela fé?
Porque a fé nos foi entregue de uma vez por todas. Deus revelou a verdade pela Bíblia e abriu o nosso coração para crermos nela. O Espírito Santo é quem abre a nossa compreensão. Isso é um maravilhoso remédio contra o orgulho. Se você crê corretamente, é porque Deus foi muito misericordioso com você. Crença correta não é sinal de inteligência; é graça. Depois de Pedro afirmar que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo, Jesus disse: “[...] Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus” (Mateus 16:17). Por isso, a verdade tem que ser anunciada e defendida com graça, não com soberba.

Portanto, Jesus foi absoluto nas questões principais da fé cristã. Nós também precisamos ser, defendendo a fé que nos foi confiada. Você está defendendo a fé com as suas palavras e com a sua vida?


Fabrício A. de Marque

_____________________________

Nota:
[1] Mahatma Gandhi (1869-1948) “foi o idealizador e fundador do moderno Estado indiano e o maior defensor do Satyagraha (princípio da não agressão, forma não violenta de protesto) como um meio de revolução” (Wikipédia).
[2] שְׁמַע יִשְׂרָאֵל יְהוָה אֱלֹהֵינוּ יְהוָה אֶחָד. Transliteração: Shemá Yisrāêl YHWH ’ĕlōhênū YHWH ’eāḏ. Tradução: “Ouve, ó Israel: o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor”.
[3] “Mito: A ressurreição é unir outra vez a alma com o corpo. Fato: A Bíblia ensina que a alma é a pessoa inteira, e não uma parte que sobrevive à morte (Gênesis 2:7; Ezequiel 18:4). Assim, a ressurreição não é a junção da alma com o corpo, mas sim a recriação da própria pessoa” (https://www.jw.org/pt/ensinos-biblicos/perguntas/o-que-e-ressurreicao/).
[4] Os adventistas se dividem em duas teorias sobre a aniquilação: (1) Aniquilacionismo imediato: a popular ideia do “morreu, acabou” e (2) Aniquilacionismo progressivo: dizem que o ímpio pagará o castigo pelos seus pecados, e só depois será aniquilado.



Nenhum comentário:

Se o conteúdo te ajudou, deixe-nos um comentário!
Obrigado pela visita!