pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: Budismo

Budismo


Toda religião crê em alguma coisa. É simplesmente impossível crer em “nada”. O Budismo crê e ensina com vigor muitas coisas. Essa seita se enquadra na categoria de “Religiões Filosóficas”. Convido você para conhecer esse segmento religioso-filosófico mais de perto.

O QUE É O BUDISMO?
O budismo não é só uma religião. É também um sistema ético e filosófico de vida. O Budismo possui três tradições diferentes: theravada, mahayana e vajrayana [1]. Essas tradições possuem como alicerce os mesmos fundamentos, a saber: Três Joias: 1. O Buda (como seu mestre), 2. O Dharma (ensinamentos baseados nas leis do universo) e 3. A Sangha (a comunidade budista). As três tradições budistas deram origem a várias escolas diferentes: zen, terra pura, kadampa e budismo tibetano.
Existe cerca de 500 milhões de budistas no mundo, sendo 245 mil só no brasil, de acordo com o censo de 2010. O Budismo está classificado como a quinta maior religião do mundo [2].

A FUNDAÇÃO
O Budismo foi fundado por Sidarta Gautama (563-483 a.C.) por volta do século VI. Quem foi Sidarta Gautama? Esse garoto era filho de um casal que governava um pequeno reino, localizado no atual Nepal. Durante a gestação, a mãe de Sidarta recebeu dois sinais especiais que indicavam que a criança seria diferente. Um desses sinais foi a visão de um elefante branco que entrou em seu ventre. Após o nascimento, o pai de Sidarta resolveu criá-lo com zelo especial. Sidarta viveu nos muros do palácio, desfrutando de luxo, e sem contato com o mundo. Ele se casou muito jovem, aos 16 anos, com sua prima chamada Yashodhara.

A GRANDE RENÚNCIA
Aos 29 anos Sidarta decidiu sair do palácio para passear a fim de conhecer o mundo real, fora do palácio. Ele ficou chocado ao se deparar com um homem idoso, um homem doente, um corpo sendo levado à cremação e um homem andarilho. Essas imagens tornaram-se a base dos quatro sinais que marcariam o seu ensino: o envelhecimento, a doença, a morte e o significado da vida. Sidarta decidiu abandonar o luxo do palácio. Ele rapou a cabeça, deixou sua família no palácio, e passou a viver na floresta. Na floresta ele encontrou dois homens que lhe ensinaram a meditação. Numa primeira tentativa, Sidarta jejuou intensamente em busca de iluminação, mas nada conseguiu.

O DESPERTAR
Certo dia, Sidarta sentou-se debaixo de uma figueira em posição de lótus e começou a meditar. Durante aquela noite, ele entrou numa batalha interna com Mara. Mara era a personificação da mudança, da morte e do mal. Quando o sol raiou na manhã seguinte, Mara foi derrotado, e Sidarta finalmente alcançou a iluminação. Sua mente foi “iluminada” e ele passou a compreender a realidade de uma maneira melhor. Concluiu, então, que o melhor caminho é o meio-termo entre a autonegação e a autoindulgência. A partir dessa experiência e da propagação dessa mensagem, as pessoas começaram a chamá-lo de “Buda”, termo que significa “O Iluminado”.

FIM DA VIDA
Buda gastou o resto de sua vida ensinando sua mensagem. Ele ensinou e viajou por todo o país e morreu aos 80 anos de idade. Segundo o Budismo, ele morreu em paz, com aceitação calma da morte, pois morreu entrando no Nirvana. Buda foi realmente uma figura histórica, mas não há provas de que suas experiências foram reais.
Dito isso, quais são os principais princípios budistas e como pensá-los à luz da Palavra de Deus?

I. A REALIDADE DO SOFRIMENTO (Dukkha).
Essa palavra-chave aponta para a insatisfação humana devido ao fato de as coisas não serem como gostaríamos que fossem. Em suma, a vida se resume em sofrimento. Viver é sofrer. Nascimento é sofrimento, envelhecimento é sofrimento, enfermidade é sofrimento, morte é sofrimento; tristeza, lamentação, dor, angústia e desespero são sofrimento; a união com aquilo que é desprazeroso é sofrimento; a separação daquilo que é prazeroso é sofrimento; não obter o que se deseja é sofrimento. Buda afirmava que devemos encarar o sofrimento de frente para fazermos uma avaliação correta dele.

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE ESSE ENSINO?

1. A Bíblia diz que os sofrimentos são incomparáveis com a glória que será revelada.
O maior sofrimento Jesus enfrentou: o peso da ira de Deus pelos nossos pecados. Por causa do sofrimento de Jesus, não vamos sofrer para sempre. A glória que nos aguarda é muito maior que as dores do presente: “Considero que os sofrimentos do presente não se podem comparar com a glória que será revelada em nós” (Romanos 8:18) [3].

2. A Bíblia revela que, apesar do sofrimento, desfrutamos de algumas alegrias na terra.
A vida não é só sofrimento, mas o sofrimento faz parte da vida. É diferente uma coisa da outra. Por exemplo, Deus alivia os nossos sofrimentos ao nos conceder momentos especiais com a família, ao permitir certas conquistas, ao trazer bebês à vida, ao unir pessoas em casamento, ao nos curar de algumas enfermidades, ao nos consolar, etc. A Bíblia nos encoraja a desfrutar das alegrias terrenas e santas: “Por isso, exalto a alegria, porque não há nada melhor para o homem debaixo do sol do que comer, beber e alegrar-se. Isso o acompanhará no seu trabalho, nos dias da vida que Deus lhe dá debaixo do sol” (Eclesiastes 8:15).

II. A REALIDADE DA ORIGEM DO SOFRIMENTO (Samudaya).
O Budismo também ensina que a causa do sofrimento é o desejo e a cobiça. O desejo e a cobiça promovem a destruição. É preciso desapegar-se das coisas. Buda afirmou que, quando os desejos nos dominam, somos levados ao sofrimento. Ele também dizia que a fonte dos problemas está dentro de nós. Neste ponto, ele acertou, pois Jesus disse isso: Porque do coração é que saem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidade sexual, furtos, falsos testemunhos e calúnias” (Mateus 15:19). No entanto, Buda errou quando disse que o sofrimento não é uma punição imposta a nós por outras pessoas, pelas circunstâncias da vida ou por alguma força sobrenatural.

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE ESSE ENSINO?

1. A Bíblia revela que o sofrimento é fruto da punição de Deus por causa do pecado.
No primeiro livro da Bíblia está escrito: “E o SENHOR Deus perguntou à mulher: Que foi que fizeste? E ela respondeu: A serpente me enganou, e eu comi. Então o SENHOR Deus disse à serpente: Porque fizeste isso, serás maldita entre todo o gado e entre todos os animais do campo; andarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. E disse para a mulher: Multiplicarei grandemente a tua dor na gravidez; com dor darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. E disse para o homem: Porque deste ouvidos à voz da tua mulher e comeste da árvore da qual te ordenei: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; com sofrimento comerás dela todos os dias da tua vida. Ela te produzirá espinhos e ervas daninhas; e terás de comer das plantas do campo. Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste tirado; porque és pó, e ao pó tornarás” (Gênesis 3:13-19). Antes de Gênesis 3 não havia qualquer sofrimento. Tudo era perfeito. Infelizmente, o homem pecou e Deus o puniu justamente. Portanto, o sofrimento no mundo revela a maldade do homem e a justiça de Deus. O sofrimento existe porque Deus puniu o pecado.

III. A REALIDADE DA CESSAÇÃO DO SOFRIMENTO (Nirodha).
O Budismo ensina que existe um ponto final no sofrimento. Buda passou por essa experiência, segundo o Budismo. Mas como atingir esse patamar? A solução é renunciar todo o apego do coração e da mente. Em outras palavras, liberte-se! Abandone os comportamentos maus, o apego às pessoas e às posses. Quando isso acontece, a pessoa entra no estado de Nirvana. O Nirvana interrompe o ciclo de renascimentos (reencarnações).

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE ESSE ENSINO?

1. A Bíblia revela que o homem é incapaz de subjugar os desejos da carne.
Ninguém é capaz de abandonar o pecado por si mesmo. Espiritualmente falando, o homem está morto para as coisas de Deus: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nas vossas transgressões e pecados” (Efésios 2:1). O termo grego νεκρός (nekros: mortos) é usado na Bíblia em referência a: A. Um morto, um cadáver (Mt 23:27; Ap 20:13); B. Um morto ainda não sepultado (Mt 8:22) e C. Um morto sepultado, colocado em um sepulcro (Rm 14:9). A mesma palavra é utiliza em Efésios para falar da incapacidade espiritual de buscarmos a Deus. O homem precisa de Deus para ser resgatado e transformado numa nova criatura.

IV. A REALIDADE DO CAMINHO (Magga).
O quarto princípio está ligado ao terceiro, mas de maneira prática. Esse princípio mostra o caminho a ser percorrido a fim de alcançar o fim do sofrimento. O caminho é chamado de Caminho Nobre Óctuplo, porque possui 8 passos:
1. Compreensão correta. É preciso levar a sério as Três Primeiras Verdades. Elas ensinam corretamente o que é a realidade.
2. Intenção correta. Abra mão de pensamentos egoístas. Não cultive pensamentos que causam mal a si e aos outros. Troque esses pensamentos e procure levar a felicidade a todos.
3. Fala correta. Tudo o que é dito pode ter um efeito em nossa evolução espiritual. Portanto, não minta, não use palavras ásperas ou caluniosas. Fale palavras verdadeiras, agradáveis e benéficas.
4. Ação correta. Não cause danos físicos às pessoas seja por violência ou morte. Abra mão das condutas sexuais impróprias. Procure proteger e ajudar às pessoas.
5. Meio de vida correto. Tenha uma vida equilibrada, sem luxo nem mesquinharia. Trabalhe com honestidade sem quebrar princípios.
6. Esforço correto. Seja diligente em sua vida espiritual. Não tenha preguiça ou negligência. Se algo negativo vier à mente, não deixe que isso te oprima. Se algo positivo vier, aproveite ao máximo.
7. Plena ação correta. Fique atento aos pensamentos que surgem em sua mente. Não se agarre ao passado nem crie fantasias quanto ao futuro. Concentre-se no presente.
8. Concentração correta. Não tenha uma mente distraída que atrapalhe a sua compreensão da realidade. A concentração correta é o que vai mudar a sua visão e a sua vida.
Segundo o Budismo, esse Caminho Nobre está dentro de nós. Dessa forma, tanto o problema quanto a solução se encontram dentro do homem.

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE ESSE ENSINO?

1. A Bíblia revela que o verdadeiro Caminho está fora do homem.
O verdadeiro Caminho é Cristo que foi enviado à terra pelo Pai. A solução para a nossa vida veio do céu, e não do coração do homem.

“Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne” (João 6:51)

“Jesus declarou: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, mesmo que morra, viverá” (João 11:25)

“Jesus lhe respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém chega ao Pai, a não ser por mim” (João 14:6)

Tomemos cuidado com as religiões que misturam verdades com mentiras, produzindo assim, meias-verdades. O Budismo é falso porque coloca algumas verdades e algumas mentiras na mesma tigela. Estude a Palavra e peça sabedoria a Deus para não ser enganado pelas falsas religiões.

Fabrício A. de Marque

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Nota:
[2] Ibid.
[3] Almeida Século 21 (A21).




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