pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: Causadores de Desconfiança

Causadores de Desconfiança

A desconfiança é um sentimento provocado, muitas vezes, por pessoas cujo histórico de vida não demonstra uma integridade irrepreensível. O passado de uma pessoa tem muito a dizer a respeito de quem ela foi ou acerca do que ela continua sendo. Contudo, a desconfiança também pode ser gerada pelas atitudes que essa mesma pessoa pratica no presente momento. A desconfiança referida aqui é aquela que provoca certos questionamentos em nós, do tipo: será que essa pessoa é verdadeira no que fala? Será que posso confiar no caráter dela? Ela “apronta” coisas terríveis nos bastidores? Ela é falsa ou isso é coisa da minha cabeça? Na maioria das vezes, a pessoa que provoca desconfiança em você, tem alguma coisa contra você. Os motivos são inumeráveis: inveja, inferioridade, ódio sem razão, cobiça de algo que você tem, etc.
Como lidar com as pessoas que causam esse terrível sentimento de desconfiança em nós? É muito ruim ficar com o pé atrás, porque, naturalmente, isso levanta barreiras no relacionamento, impedindo que haja uma conexão efetiva. O problema torna-se ainda mais complicado quando se trata de alguém muito próximo, alguém que precisamos ter alguma proximidade devido às circunstâncias. Exemplos de situações assim são: colegas de trabalho, membros da família, irmãos da igreja, vizinhos, etc. Vamos ver algumas atitudes simples que poderão servir de auxílio quando enfrentarmos situações desse tipo.
A primeira atitude a ser tomada é a oração. Se o sentimento de desconfiança estiver incomodando você, é necessário apresentar isso ao Senhor. Por que? Porque, uma vez que o nosso coração é enganoso, você pode estar enganado a respeito desse sentimento. Nossas emoções são como gangorras num parquinho de diversão. Elas oscilam e, frequentemente, brincam conosco, nos levando a conclusões equivocadas. Quando apresentar isso ao Senhor, fale acerca do “fulano”. Fale das situações que aconteceram que acabaram provocando essa desconfiança em você. Por exemplo: “Senhor, aquela atitude me deixou muito desconfiado. Estou equivocado acerca disso?” Peça sabedoria e discernimento também através das Escrituras. Peça que Deus o ajude a não agir como um tolo.
Depois de orar, a segunda atitude é a observação. A Bíblia diz que a árvore é conhecida pelos frutos: “Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas” (Lucas 6:44) [1]. Podemos dizer que as atitudes de uma pessoa são sinais do seu coração e das suas intenções mais íntimas e ocultas. É óbvio que há exceções em que podemos julgar as atitudes inapropriadamente a partir de uma interpretação distorcida. Todavia, atitudes erradas sempre serão erradas, ainda que as motivações sejam “boas” aos olhos de quem as praticou. Diz a Bíblia: “Não é certo que se despreza o ladrão, quando furta para saciar-se, tendo fome? Pois este, quando encontrado, pagará sete vezes tanto; entregará todos os bens de sua casa” (Provérbios 6:30-31). Em outras palavras, o crime de um ladrão será ignorado só porque ele roubou para matar sua fome? Não! Ele terá que arcar com as consequências, mesmo que precise vender todos os seus bens. Portanto, fique de olho na pessoa que gera desconfiança em você. Não seja precipitado. Apenas observe e aguarde. As atitudes falarão bastante à medida que o tempo passar.
Por último, se você concluir que aquilo era coisa da sua cabeça, ou se a pessoa consertou a situação durante o tempo que você a observava, esqueça a situação. Tudo foi resolvido. Bola para frente. No entanto, se depois de orar e observar, ficou evidente que você tinha razão, vá conversar com a pessoa: “Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão” (Mateus 18:15). Esclareça os pontos. Conte o processo todo de oração e observação que você vem praticando para não chegar até ela injustamente. Pergunte a razão de tudo aquilo. Pode ser que alguma coisa tenha ficado mal resolvida. Dê a ela o direito de falar. Dê liberdade para que a transparência e a humildade ajudem na resolução do problema.
Finalmente, a pessoa poderá confessar a culpa e resolver a situação, ou poderá negar a culpa e criar um atrito relacional. Esteja pronto para as duas reações. Simplesmente se prepare para qualquer tipo de reação. As pessoas são imprevisíveis, então vá preparado. Se a pessoa negar todas as evidências e hostilizá-lo, se afaste dela aos pouquinhos, se isso for possível. Essa não é uma boa companhia e, portanto, deve ser evitada. Se ela trabalhar para resolver a situação, louve a Deus, porque “ganhaste o teu irmão”.
Todos precisamos de sabedoria para resolver situações desse tipo, assim como precisamos de sabedoria para assumirmos a nossa culpa quando estivermos errados. Procure tapar os buracos por onde vaza a desconfiança. Busquemos, todos juntos, uma vida irrepreensível: “Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do SENHOR” (Salmos 119:1).


Fabrício A. de Marque

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Notas:
[1] Almeida Revista e Atualizada (ARA).


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