pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: ESTUDO 04: Busque a Sua Alegria na Alegria do Amado

ESTUDO 04: Busque a Sua Alegria na Alegria do Amado


INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como base o capítulo 05: “Busque a sua alegria na alegria do Amado”.
Vimos até o momento, que o propósito do homem é glorificar a Deus ao gozá-lo para sempre. Mas como fica o nosso relacionamento com o próximo? Buscar o prazer em Deus significa amar as pessoas? Seria errado amar o próximo para alcançarmos a nossa felicidade? Ou, talvez, devêssemos amar o próximo sem nos preocuparmos com a nossa felicidade? Observe a seguinte frase. Ela está certa ou errada?

“Para o cristão, a felicidade nunca é um alvo a ser buscado. Ela é sempre uma surpresa inesperada de uma vida de serviço.”

Esse é o paradigma que a maioria das pessoas carrega na mente. Será que a felicidade não deve ser buscada por nós? A busca por felicidade é uma busca pecaminosa?

I. DOIS TIPOS DE RECOMPENSA

1.1. O tipo errado de recompensa
A Bíblia diz que o amor “não busca os próprios interesses” (1 Coríntios 13.5). Se eu amo o próximo visando a minha felicidade, estou buscando os meus próprios interesses? Não necessariamente. O que significa buscar os meus próprios interesses? Significa lutar pelo que é meu, e não pelo que é do outro. É um egoísmo, um amor autocentrado. João Calvino (1509—1564) disse:

“[...] o amor está longe de ser-nos algo inerente, pois todos nós somos portadores de uma natural tendência de amar-nos e de cuidar de nós mesmos, buscando só o que nos interessa. Sim. Para falar com mais exatidão, nos atiramos de ponta cabeça para alcançar o que nos interessa. O amor é o único antídoto que cura essa tendência tão pervertida, pois ele nos faz ignorar nossas próprias circunstâncias e a preocupar-nos sinceramente com a sorte de nosso próximo, amando e cuidando dele.” [1]

1.2. O tipo certo de recompensa
Buscar a nossa felicidade não é a mesma coisa que buscar os próprios interesses. De que maneira buscamos a nossa felicidade, sem que isso signifique egoísmo? Jonathan Edwards (1703—1758) expressou da seguinte forma:

“De certa forma, a pessoa mais sincera e generosa do mundo busca sua própria felicidade em fazer o bem a outros, porque ela coloca a sua felicidade no bem do próximo. Sua mente é tão ampliada a ponto de tomar os outros para si. Portanto, quando os outros estão felizes, ela sente o mesmo; ela participa com eles e é feliz em sua felicidade.” [2]

Portanto, podemos buscar a nossa felicidade no bem do próximo, e para a glória de Deus.

II. EXPANDINDO O PRAZER EM DEUS

As pessoas compreendem errado o significado de “amar o próximo”. Amar o próximo não é fazer o bem em detrimento de si mesmo. Amar o próximo significa expandir sobre as pessoas o nosso prazer em Deus. Vemos isso na atitude das igrejas da Macedônia:

“Também, irmãos, queremos que estejam informados a respeito da graça de Deus que foi concedida às igrejas da Macedônia. Porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles transbordou em grande riqueza de generosidade. Porque posso testemunhar que, na medida de suas posses e mesmo acima delas, eles contribuíram de forma voluntária, pedindo-nos, com insistência, a graça de participarem dessa assistência aos santos.” (2 Coríntios 8.1-4)

O que essa passagem nos ensina?
(1) A generosidade é obra da graça de Deus;
(2) A obra da graça de Deus produz abundância de alegria;
(3) A abundância de alegria transborda em generosidade;
(4) Ser generoso para com as pessoas é uma forma de prazer em Deus.

Por isso, John Piper diz:

O amor é a expansão e o transbordar do prazer em Deus, que alegremente supre a necessidade de outros.” [3]

III. PRATICANDO O PRAZER EM DEUS EM FAVOR DO PRÓXIMO

Se o prazer em Deus nos leva a abençoar o próximo, como fazemos isso na prática?

3.1. Ajudando a carregar os fardos uns dos outros.

Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.” (Gálatas 6.2)

3.2. Não negando o bem, mas colocando-se à disposição para ajudar.

Não deixe de fazer o bem aos que dele precisam, estando em sua mão o poder de fazê-lo. Não diga ao seu próximo: ‘Vá e volte mais tarde; amanhã eu terei algo para dar’, se você tem isso em suas mãos agora.” (Provérbios 3.27-28)

3.3. Orando uns pelos outros.

“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros, para que vocês sejam curados. [...]” (Tiago 5.16a)

3.4. Enfrentando juntos as circunstâncias doces e amargas da vida cristã.

Alegrem-se com os que se alegram e chorem com os que choram.” (Romanos 12.15)

OBS: Assista esta aula, clicando no link abaixo:


Fabrício A. de Marque

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Notas:
[1] CALVINO, João. 1 Coríntios. São Bernardo do Campo, SP: Edições Parakletos, 2003. p. 401.
[2] Citado por John Piper. Plena Satisfação em Deus: Deus glorificado e a alma satisfeita. São José dos Campos, SP: Fiel, 2009, p. 45.
[3] Ibid. p. 49.



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