pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: Paulo escreveu sob a inspiração do Espírito Santo ou ele apresentou a sua opinião pessoal?

Paulo escreveu sob a inspiração do Espírito Santo ou ele apresentou a sua opinião pessoal?


Ao escrever para a igreja de Corinto sobre o marido crente e a esposa descrente, Paulo disse: “Mas aos outros digo eu, não o Senhor [...]” (1Co 7.12). Mais adiante, ao tratar do segundo casamento, ele afirmou: “Em minha opinião, porém, seria melhor que ela [a viúva] não se casasse novamente [...]” (1Co 7.40).

Paulo está dando uma opinião pessoal ou está falando sob a inspiração do Espírito Santo? Se ele está oferecendo uma opinião particular, podemos, então, discordar dele? Afinal, as opiniões pessoais não são iguais.

Para resolver essa questão, é importante consultarmos outras versões da Palavra de Deus. Uma tradução moderna (NVT) diz: “Agora me dirijo aos demais, embora o Senhor não tenha dado instrução específica a respeito [...]” (1Co 7.12).

Paulo está dizendo que, ao tratar do divórcio, Jesus não mencionou nenhum caso específico de marido crente e esposa descrente. Jesus falou sobre o divórcio de forma geral e ampla (Mt 5.31-32; 19.4-12). Assim, Paulo está aplicando o ensino geral do Senhor a um caso específico.

Em 1 Coríntios 7.40, Paulo não está dando sua opinião pessoal como se estivesse falando algo contrário aos pensamentos de Deus. No mesmo versículo, ele diz com um leve tempero de ironia: “[...] e creio que, ao dizer isso, lhes dou o conselho do Espírito de Deus”. Ademais, outras passagens da mesma carta deixam evidente que tudo o que Paulo diz, ele o diz com autoridade apostólica e sob a inspiração do Espírito Santo.

Observe a autoridade paulina: “[...] falamos não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito [...]” (1Co 2.13). Ele afirma que os seus escritos são mandamentos de Deus: “Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça que é mandamento do Senhor o que estou escrevendo para vocês” (1Co 14.37). Na abertura da carta, ele deixou claro que fora “chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Cristo Jesus” (1Co 1.1).

Há um princípio de interpretação bíblica muito importante chamado analogia da fé. Esse princípio afirma que “a Bíblia é a sua própria intérprete”. Se determinada passagem é obscura para a nossa compreensão, outra passagem lançará luz sobre ela, tornando o texto bíblico mais compreensível. Este princípio é confiável, pois a Bíblia foi inspirada por Deus e, portanto, não possui nenhuma contradição.

Durante a sua leitura bíblica, considere este princípio. Além disso, tenha várias versões bíblicas para consultar. As traduções não são infalíveis, daí a necessidade de obtermos mais de uma. E, por fim, ore para que o Espírito Santo te ajude a compreender a Palavra de Deus: “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei” (Sl 119.18). O Espírito Santo que inspirou a Bíblia (2Pe 1.21) é o mesmo que habita em nós (1Co 3.16) e o mesmo que nos conduz à verdade (Jo 16.13).




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