pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: O apóstolo Mateus ensinou o arrebatamento secreto da Igreja?

O apóstolo Mateus ensinou o arrebatamento secreto da Igreja?

 


A Escritura diz: "[...] estando dois homens no campo, um será levado, e o outro, deixado; estando duas mulheres a trabalhar no moinho, uma será levada, e a outra, deixada" (Mateus 24.40-41). Muitos acreditam que o texto faz referência ao arrebatamento dos crentes. O crente será levado; os ímpios (e os crentes em pecado) serão deixados. Estaria o texto falando sobre o arrebatamento da igreja? 

Sendo bem objetivo, a resposta é não. O texto não está falando de nenhum suposto arrebatamento "secreto" dos crentes. A linguagem bíblica de pessoas sendo "levadas" e outras "deixadas", aponta para o julgamento das que são levadas, e para a salvação (ou preservação) das que são deixadas. 

Quando Roma invadiu Jerusalém com o seu poderoso exército, muitos judeus foram mortos. No entanto, outros judeus conseguiram escapar das mãos dos romanos. Aqueles que escaparam do cerco são exatamente os "deixados". Note, portanto, que ser deixado foi algo positivo, e não algo terrível, como muitos pensam. Da mesma forma, ser levado não foi algo bom (o arrebatamento), mas algo terrível, ou seja, ser assassinado. 

Devido à má interpretação de Mateus 24 (e passagens paralelas: Mc 13 e Lc 21), o arrebatamento secreto tem sido ensinado como uma verdade absoluta. Tal equívoco invadiu não apenas a literatura, mas também o cinema. Ora, particularmente, não conheço nenhum filme sobre Apocalipse que não ensine o arrebatamento secreto. Aviões caindo, ônibus e carros desgovernados, pessoas desaparecendo instantaneamente. Soa familiar? 

Outra informação importante deve ser ressaltada aqui. O cerco imposto por Roma não foi algo que aconteceu contra a vontade de Deus. O próprio Deus levantou Roma para destruir Jerusalém. Os judeus rejeitaram o Messias prometido (Jo 1.11), por isso o juízo de Deus caiu sobre eles. Portanto, a invasão dos romanos foi obra de Deus, e não meramente obra dos inimigos de Israel. Deus estava "cheio", Sua paciência havia se esgotado. O que restou foi o Seu justo juízo. 

Eu não sei se você acredita no arrebatamento secreto. Mas, embora eu discorde disso, creio firmemente no Retorno físico e visível do Filho de Deus. Essa bendita esperança deve crescer em nosso coração. Todo crente genuíno carrega no peito essa esperança. Ansiamos por Cristo. Queremos estar com Ele sem as limitações do pecado. E sabe de uma coisa? Esse dia chegará! 


Fabrício A. de Marque




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