pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: A Bíblia me Permite Fazer Juramentos?

A Bíblia me Permite Fazer Juramentos?

 


É correto fazer juramentos? Eu posso jurar por algo ou alguém só para que as minhas palavras sejam levadas a sério? Se uma pessoa duvidar do que estou falando, posso olhar para ela e dizer: “Eu juro por Deus que é verdade o que estou dizendo!”? Ao ler a Palavra de Deus, encontramos algumas afirmações proibindo o juramento. Jesus proibiu o juramento e ainda disse que a nossa resposta deveria ser apenas “sim” ou “não”. Qualquer coisa além disso procede do Diabo (Mt 5.33-37). 

Tiago reproduziu as mesmas palavras de Jesus: Acima de tudo, meus irmãos, não jurem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outra coisa. Que seu ‘sim’ seja de fato sim, e seu ‘não’, não, para que não pequem e sejam condenados” (Tg 5.12). Fica claro, portanto, que esses textos proíbem o juramento. Em contrapartida, a Bíblia encoraja o cumprimento dos juramentos, pressupondo que eles podem ser feitos: Temam o Senhor, seu Deus, e sirvam a ele. Quando fizerem um juramento, jurem somente pelo nome dele” (Dt 6.13). 

Além disso, a Bíblia revela que um anjo se colocou de pé sobre o mar e sobre a terra e, com a mão direita levantada, jurou em nome do próprio Deus (Ap 10.5-6). Para complicar um pouco mais, o próprio Deus fez juramentos. Ele jurou por Si mesmo, prometendo abençoar e multiplicar os descendentes de Abraão (Hb 6.13). Diante disso, muitos se perguntam: a Bíblia proíbe ou permite o juramento? Podemos jurar ou não? 

Bem, a Bíblia proíbe o juramento falso, trivial e inútil, e não o juramento em si. O juramento pecaminoso constitui a quebra do terceiro mandamento, que ordena que não tomemos em vão o nome do Senhor. Os judeus, para evitarem a obrigação de cumprir o juramento feito em nome de Deus, juravam em nome do céu, da terra, de Jerusalém, etc. Jesus reprovou essa atitude, pois, que adianta jurar por qualquer outra coisa se o juramento continuar sendo falso? 

  O apóstolo Paulo, em determinadas ocasiões, invocou o Senhor como sua testemunha, o que é a mesma coisa que jurar por Deus (2Co 1.23). Jesus foi colocado sob juramento pelo sumo sacerdote, e Ele se submeteu a isso (Mt 26.63). Sendo assim, o problema é o juramento trivial e desnecessário. O juramento reto e apropriado, é aceitável a Deus. Todavia, é preciso evitar os excessos e o juramento corriqueiro, que marca a vida de muitas pessoas. 

Via de regra, a nossa resposta deveria ser “sim” ou “não”, para evitar juramentos falsos. Os cristãos judeus estavam caindo no erro de jurar falsamente. Em meio às perseguições e aos sofrimentos, eles juravam precipitadamente. Por isso Tiago lhes escreve, pedindo que parem de agir desse modo. Ao invés de jurar, deveriam responder com um “sim” ou “não”. Afinal, Deus prestará contas até mesmo das palavras que proferimos. 

Tome cuidado para não jurar precipitadamente no calor das emoções. Procure responder de maneira objetiva às situações da vida. Se lhe falta sabedoria para isso, Deus está pronto para lhe encher de sabedoria quando você pedir em fé (Tg 1.5-6). Além do mais, temos a Palavra de Deus para nos guiar nas decisões e nas respostas. 

Fica o alerta da Confissão de Fé Batista de 1689 (cap. 23, § 3): Qualquer pessoa que tome um juramento autorizado pela Palavra de Deus, deve considerar devidamente as implicações de um ato tão solene, para que nada afirme senão aquilo que ela sabe que é verdade, porque juramentos temerários, falsos ou em vão, constituem uma provocação ao Senhor, e por causa deles a terra se lamenta.” 

 

Fabrício A. de Marque




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