pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: Beberrões e Comilões

Beberrões e Comilões


O sábio escritor bíblico disse: Não ande com os beberrões, nem se envolva com os comilões, pois eles caminham para a pobreza e, de tanto dormirem, terão apenas trapos para vestir” (Pv 23.20-21). O conselho é altamente relevante para os dias atuais, especialmente para os jovens. Via de regra, o jovem moderno começa a trabalhar em determinado lugar e ingressa na faculdade. Como resultado óbvio dessa mudança, ele faz novas amizades que influenciarão grandemente a sua conduta. 

Ganhar o próprio dinheiro e cursar o que gosta é ótimo. Todavia, a sensação de independência pode levar o jovem a não dar a devida atenção ao seu círculo de relacionamento. Em ambientes como trabalho e faculdade, é comum encontrarmos pessoas que levam a vida de qualquer jeito. Para muitos, o trabalho é tão somente o meio de adquirir dinheiro para gastar com os prazeres, e a faculdade é o ambiente para novas aventuras amorosas e sexuais. 

O jovem inconsequente não guarda dinheiro para o futuro. Ele gasta em barzinhos, festas e passeios sem qualquer preocupação com a escassez. Sem contar, é claro, o celular desnecessariamente caro, as roupas e os calçados de marca. Além do jovem trabalhador e inconsequente, existe aquele que é folgado e inconsequente. Ele não trabalha e, por isso, gasta todo o dinheiro de seus pais. 

O conselho bíblico é claro: não ande com pessoas assim. Não subestime o poder da influência relacional (1Co 15.33). Eles estão caminhando em direção à pobreza e, a menos que você dê um basta nisso, terminará como eles. Ao cortá-los de sua vida, é provável que você seja hostilizado e até difamado. Não se importe com isso, caso esteja realmente fazendo o que é certo. 

Eu conheço pessoas que ganham muito bem, mas que gastam desenfreadamente, ficando impossibilitadas de investir em algo realmente nobre. Pessoas assim, não conseguem controlar os seus impulsos e apetites. Elas se rendem diante de qualquer oportunidade de divertimento que envolve gastos elevados. 

Se você tem à sua volta indivíduos que se enquadram no perfil de “beberrões” e “comilões”, procure manter distância. Isso não significa ser rude ou sem educação. Significa, sim, rejeitar certos convites. Arrume outro lugar para ir com pessoas diferentes, que te influenciarão positivamente. Você ficará mais sábio ao andar na companhia de pessoas sábias (Pv 13.20). 

Reconheço que é difícil fazer certos “cortes” quando estamos muito envolvidos com alguém. Se esse é o seu caso, peça sabedoria a Deus, pois Ele é generoso em conceder sabedoria para que Seus filhos façam a Sua vontade (Tg 1.5). Antes de me tornar cristão, eu andava com muitos “beberrões” e “glutões, no sentido literal e figurado, e eu era um deles. Quando me tornei uma nova criatura em Cristo, precisei cortar alguns relacionamentos que estavam me impedindo de crescer na fé. 

Não foi nada fácil. Precisei cortar pessoas cuja consideração por mim se igualava ao zelo de familiares. Imagine só! “O que está acontecendo com esse cara?”, começaram a pensar. No entanto, eles perceberam que não seria possível levar esse relacionamento adiante. Não estou insinuando que um cristão não pode ter amizade com incrédulos (isso é assunto para outro texto). O que quero dizer é que, se um relacionamento está te impedimento de fazer a vontade de Deus, você deve colocar um ponto final nisso, independente de quem seja (Gl 1.10). 

Andar com “beberrões” e “comilões” gera muitas consequências negativas que vão além da pobreza. A má companhia pode, inclusive, levar uma pessoa ao mundo do crime (Pv 1.11-18). Que Deus nos ajude a vivermos com sabedoria, impondo certos limites que protegerão a nossa vida no presente e no futuro. Fiquemos, portanto, longe dos “beberrões” e “comilões” para que a nossa vestimenta não se transforme em trapos. 

 

Fabrício A. de Marque




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