pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: O Livre-arbítrio

O Livre-arbítrio


Ao criar o ser humano, Deus o dotou de vontade e liberdade de ação. Deus criou pessoas, e não robôs programados, isto é, o Senhor criou o homem livre para escolher o bem ou o mal. Antes de pecar, o homem era inocente. Havia em seu coração o desejo e a capacidade de fazer o que é bom e agradável a Deus.

No entanto, a inocência e a capacidade de executar o bem poderiam ser perdidas. Somente o pecado poderia destruir essas qualidades (Gn 2.17). Infelizmente, foi isso que aconteceu. A ordem divina foi transgredida e o homem caiu de seu estado original (Gn 3.6; Ec 7.29).

Depois que o homem caiu em pecado, a capacidade de desejar e fazer o bem espiritual foi completamente perdida. Amar e obedecer a Deus tornaram-se qualidades impossíveis na vida humana pós-queda. Apesar dos atos de bondade e misericórdia que ocorrem pontualmente, o homem natural não age motivado pelo amor a Deus e às coisas sagradas. Afinal, “a mentalidade da natureza humana é sempre inimiga de Deus. Nunca obedeceu às leis de Deus, e nunca obedecerá” (Romanos 8.7 | NVT).

Por isso, sem Cristo, todo ser humano é espiritualmente morto e alienado de Deus (Ef 2.1, 5). Nenhuma pessoa é capaz de converter a si mesma. Ora, o que um morto pode fazer por si mesmo se ele está morto? Foi por essa razão que Jesus disse que “ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer a mim [...]” (João 6.44a | NVT).

Diante disso, qual é a solução para esse gravíssimo problema? O próprio Deus precisa ressuscitar espiritualmente o homem caído. Quando isso acontece, o homem é transferido para o estado de graça e liberto do estado de morte e de escravidão do pecado (Cl 1.13). Dessa forma, quando uma pessoa é convertida por Deus, ela é novamente capacitada a fazer e desejar o que é espiritualmente bom (Fp 2.13).

Contudo, apesar dessa obra milagrosa, o homem convertido ainda é um pecador, embora não mais escravo do pecado. Ele ainda luta contra os vestígios do pecado em seu coração. Isso significa que há uma intensa luta interior entre o bem e o mal (Rm 7.15, 18-19, 21, 23). Mas quando essa luta interior terminará? Somente no estado eterno, quando o pecado for definitivamente eliminado. Assim, nunca mais o mal existirá.

Para encerrar, consideremos algumas reflexões. Primeira, no presente mundo há muita violência, roubos, assassinatos e toda sorte de pecados. Isso porque o ser humano perdeu a capacidade de desejar e fazer o que agrada a Deus. O mal, portanto, não é resultado da mera desigualdade social, mas do pecado humano.

Segunda, uma pessoa só poderá desejar as coisas que Deus deseja se ela for regenerada pelo Espírito Santo e crer no Senhor Jesus Cristo. A boa notícia é que isso pode acontecer hoje mesmo. As portas da graça continuam abertas. O convite do evangelho continua sendo oferecido. Hoje pode ser o dia da salvação.

Por fim, ainda que a luta interior entre o bem e o mal seja real em nossa vida, um dia essa luta terminará. Melhor ainda é saber que terminaremos vitoriosos, e não derrotados. O que nos faz permanecer não é nosso desempenho espiritual, mas o poder de Deus. A segurança eterna dos santos está fundamentada na promessa infalível de Deus. Ele prometeu conduzir os Seus eleitos à glória eterna: “Toda a glória seja àquele que é poderoso para guardá-los de cair e para levá-los, com grande alegria e sem defeito, à sua presença gloriosa” (Judas 1.24 | NVT).

 


Fabrício A. de Marque



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