pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: Sou cristão! Posso casar me com uma pessoa não cristã?

Sou cristão! Posso casar me com uma pessoa não cristã?

 

É biblicamente coerente casar com um incrédulo? O sentimento e o afeto em um relacionamento são mais importantes do que a fé e as convicções doutrinárias? O relacionamento entre um crente e um incrédulo pode, porventura, dar certo? Vamos refletir brevemente sobre isso. Quero destacar, antes de tudo, que minhas argumentações estão baseadas na Bíblia. Minha “opinião”, na verdade, se apoia no ensino bíblico.

Na segunda carta aos Coríntios, Paulo fala sobre o julgo desigual com os incrédulos. Ele não fala especificamente sobre o “amor entre casais”, mas sobre a participação de cristãos em práticas cultuais pagãs. Contudo, o princípio pode ser aplicado aos relacionamentos também. Paulo escreve: “Não se ponham em jugo desigual com os descrentes [...]” (2Co 6.14a). Por que essa proibição? Paulo está sendo intolerante e frio?

Nada disso! Pense comigo. O crente é chamado de “filho de Deus”, “nova criatura” e “luz” (Jo 1.12; 2Co 5.17; Ef 5.8). O incrédulo, por outro lado, é chamado de “trevas”, além de estar debaixo da ira de Deus, e não de Seu amor salvador (Ef 5.8; Jo 3.36). À luz dessa realidade, Paulo questiona: “[...]Como pode a luz conviver com as trevas? Que harmonia pode haver entre Cristo e o diabo? Como alguém que crê pode se ligar a quem não crê?” (2Co 6.14b-15).

A pergunta é retórica. Envolver-se intimamente com uma pessoa incrédula pode comprometer sua ética e sua moralidade cristã. Aliás, as más companhias corrompem o bom costume (1Co 15.33). Quando um crente se casa com um incrédulo, essa pessoa está assumindo uma companhia que lhe causará muitas dores de cabeça, a menos que Deus, por misericórdia, decida salvar o incrédulo também. Mas isso não é regra. E se Deus não salvar? A pessoa terá que carregar as consequências de sua escolha para sempre.

Imagine, por exemplo, como será a rotina dessa união. O crente diz: “Vamos ler a Bíblia e aprender mais sobre o Senhor?”. O incrédulo rebate: “Ah não! Vamos fazer outra coisa”. No domingo, o crente diz: “Hoje é dia de culto. Vamos à igreja”. O incrédulo retruca: “Pode ir você. Eu vou ficar em casa descansando”. Sem contar aquelas situações mais complicadas em que o cônjuge incrédulo proíbe o cônjuge crente de servir a Deus.

Eu citei apenas dois exemplos. Poderíamos citar outras áreas, como dinheiro, criação de filhos, etc. Com isso, eu não estou dizendo que casamentos em julgo desigual não podem ter nenhum momento de prazer e tranquilidade. É claro que podem. No entanto, os bons momentos não podem compensar as brigas e os desentendimentos gerados pela escolha errada. Haverá sempre aquele pensamento: “Eu não deveria ter entrado nesse casamento. Se arrependimento matasse...”.

Particularmente entre os jovens, eu vejo bastante precipitação. Já que o sexo antes do casamento é errado, então muitos se casam na pressa de satisfazer os seus desejos. Ainda citam a Bíblia para justificar a precipitação: “É melhor casar do que arder em desejos” (1Co 7.9). O problema é que alguns não levam em conta outros fatores de maior importância que terão repercussão de longo prazo. Esses jovens vão sentir na pele o arrependimento à medida que o tempo passar.

Por fim, é importante esclarecer que a situação que apresentei é diferente daquela situação em que uma pessoa se tornou cristã depois de casada. Sendo assim, a Bíblia não aprova a decisão de um crente se casar com um incrédulo. Por mais que justificativas sejam apresentadas, elas não podem alterar o que está escrito na Palavra de Deus. Se você começou errado e está namorando um incrédulo, não prossiga. Coloque Cristo em primeiro plano. Não permita que esse relacionamento seja um obstáculo entre você e seu Senhor.

 

Fabrício A. de Marque



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