pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: Por que estudar as falsas doutrinas? (Parte 2)

Por que estudar as falsas doutrinas? (Parte 2)

 

No primeiro artigo dessa série, falei brevemente sobre o primeiro benefício de estudar as falsas doutrinas: a defesa pessoal. Dando prosseguimento, neste artigo vamos refletir sobre o segundo benefício do estudo apologético das falsas doutrinas. O segundo benefício é a proteção do rebanho.

Em certo sentido, o primeiro benefício está ligado ao segundo. A defesa pessoal é um tipo de proteção. No entanto, há uma diferença muito importante que devemos considerar. Enquanto a defesa pessoal implica em cada crente zelar pela sua própria fé, a proteção do rebanho aponta para a responsabilidade das lideranças eclesiásticas.

A função primordial de um pastor e de um mestre, por exemplo, é ensinar Bíblia para o povo de Deus. Um povo bem alimentado é um povo saudável. E um povo saudável não será contaminado pelas estranhas teologias que surgem de tempos em tempos. Mas o que acontece quando as lideranças negligenciam o ensino das Escrituras e da teologia? O povo é levado por todo vento de doutrina (cf. Ef 4.14).

Podemos afirmar com convicção que, quando a liderança de uma igreja ensina a Palavra de Deus com fidelidade e persistência, muitos problemas são evitados. Torna-se real a conhecida frase que diz: “É melhor prevenir do que remediar”. As horas que seriam gastas no gabinete pastoral para solucionar problemas são dedicadas ao estudo das Escrituras e a outras funções pastorais.

Quando observo algumas igrejas da atualidade, confesso que fico desapontado. Algumas abandonaram a Escola Bíblica Dominical para acrescentar mais um culto. O problema não é ter mais de um culto no domingo. O problema é retirar a Escola Bíblica e eliminá-la completamente da programação da igreja. Como cresceremos na graça e no conhecimento de Cristo sem o ensino da Palavra de Cristo?

Outro fator que tem ameaçado a proteção do rebanho é o abandono da pregação expositiva. Alguns pastores têm adotado uma pregação “conversacional”. O pregador bate um papo informal com as pessoas, dando conselhos superficiais e lançando frases clichês. Isso não é pregação. Se a liderança continuar oferecendo “sopa rala”, o povo não terá força nem conhecimento suficiente para resistir às seduções do mundo e das seitas.

A solução para esse problema é voltar às Escrituras e à teologia. As lideranças devem promover programações que contribuirão para o conhecimento bíblico e teológico do povo de Deus. Algumas sugestões incluem: Escola Bíblica Dominical, cursos teológicos presenciais pelo menos uma vez por semana (exemplo: estudar durante 3 meses os principais argumentos das seitas), grupos de estudo bíblico nos lares, doação de boa literatura (ou com preços mais acessíveis), etc.

Assim, por meio da exposição das Escrituras e do estudo teológico e apologético, o rebanho de Cristo será fortemente protegido. As falsas doutrinas não encontrarão espaço para entrar. As seitas perderão seu poder de sedução, porque, ao invés de encontrarem um povo ingênuo, elas encontrarão um povo forte e destemido que se opõe veementemente ao mal.

 

Fabrício A. de Marque



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