pub-9363386660177184 Pensando as Escrituras: O mal-entendido no posto de gasolina

O mal-entendido no posto de gasolina

 

Vou compartilhar com vocês uma história engraçada e perigosa que aconteceu comigo há alguns poucos anos. Até hoje essa história me faz rir quando penso nela, mas no final das contas, até rendeu uma liçãozinha valiosa.

Tudo aconteceu num posto de gasolina. Era uma bela manhã de domingo, próximo ao horário do almoço. Eu tinha acabado de sair do culto e decidi que era hora de abastecer o carro. Cheguei ao posto de gasolina e, para minha surpresa, me deparei com uma fila interminável de carros esperando para encher o tanque. Pensei comigo mesmo: "Poxa vida, isso vai levar uma eternidade!".

Mas aí percebi que todos os carros estavam muito próximos da calçada, quase encostando nela, e pensei: "Ué, será que eles estão estacionados?". Pois bem, sem muita reflexão, passei pelo lado dos carros, furei a fila como se fosse um ninja automobilístico e parei diretamente na bomba de combustível.

Mas, como nem tudo são flores, aí veio o problema. Assim que desliguei o carro, comecei a ouvir um cara me xingando: "Folgado!", "Sem vergonha!"... Eita, o bicho pegou! Levei alguns segundos para perceber que ele estava se referindo a mim. Fiquei meio sem graça, mas decidi investigar a situação.

Então, desci do carro, caminhei em direção ao sujeito exaltado e perguntei com a maior naturalidade: “Você está falando comigo?". O cara continuou resmungando, parecendo pronto para explodir. Daí eu expliquei a minha confusão, que tinha achado que os carros estavam estacionados e não percebi que era uma fila. Pedi desculpas sinceras a ele.

Em seguida, eu disse que ele não deveria sair por aí xingando desconhecidos e, numa tentativa de colocar panos quentes, eu soltei uma frase: "Afinal, você não sabe o que eu tenho aqui". O cara ficou pálido, amarelo e branco ao mesmo tempo. Começou a gaguejar e olhar fixamente para o chão, como se esperasse o pior.

Com isso, eu queria dizer que ele não conhece as pessoas e que deveria tomar cuidado com o que diz para os outros. Mas o maluco interpretou de forma completamente diferente! O cara achou que eu estava com uma arma na cintura! Foi um mal entendido daqueles! Ele deve ter pensando que eu era um louco perigoso.

Eu poderia ter esclarecido a situação e ter deixado claro que eu não estava armado, mas, confesso, foi tão engraçado ver a expressão de medo no rosto do cara “nervosinho” que decidi deixá-lo com suas suposições. Então, voltei calmamente para o carro e fui embora do posto. O sujeito continuava lá, sem nem mesmo erguer os olhos para me encarar. Eu devo ter parecido um verdadeiro vilão de filme. Confesso que dei uma risadinha abafada por dentro enquanto me afastava, imaginando a cara de confusão e o alívio misturado com constrangimento do pobre coitado.

E sabe de uma coisa? Essa história toda me fez pensar numa lição bem simples, mas importante. Às vezes, a gente se depara com situações confusas e acaba agindo de forma impulsiva, sem pensar nas consequências. É nessas horas que podemos criar problemas e mal entendidos.

Antes de agir, respire fundo e pense um pouquinho. Não se deixe levar pelo calor do momento. A ira é traiçoeira. É sempre melhor dar um passo atrás, avaliar a situação com clareza e, se for o caso, pedir desculpas e corrigir os próprios erros.

Ah, e claro, nunca se esqueça de que as aparências podem enganar. Uma frase mal interpretada pode criar histórias imaginárias na cabeça das pessoas. Então, seja cuidadoso com o que você diz e como você se expressa. Às vezes, uma simples palavra pode gerar um mal-entendido gigantesco. Enfim, essa foi a história engraçada que passei no posto de gasolina. Às vezes, as confusões mais bobas podem nos ensinar coisas valiosas.

 


Fabrício A. de Marque



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